Crítica - A Protetora (2020) - Engenharia do Cinema
Esta é mais uma daquelas típicas produções B, aos quais vemos apenas para passar o tempo em um fim de semana. Mesmo tendo um título nacional já usado em outras produções, “A Protetora” tem seu diferencial por ser estrelado por Ruby Rose (que aos poucos está começando a se tornar um forte nome nas produções de ação, também por se abster do uso de dublês).
Imagem: Califórnia Filmes/Telecine (Divulgação)
Aqui ela vive a ex-militar Ali, que após carregar o trauma de ter falhado em uma missão, vai trabalhar como atendente em um prédio. Porém um dia este acaba sendo invadido por Victor (Jean Reno) e sua gangue, pelos quais realizam furtos em alguns apartamentos e fazem uma família refém. Eis que Ali vê que é a hora de deixar suas neuras de lado, e salvar o dia.
Imagem: Califórnia Filmes/Telecine (Divulgação)
Sim é uma história já mostrada em inúmeros filmes de Hollywood, e que todos nós já cansamos de acompanhar. Vemos que se trata de uma produção B não só pelos efeitos visuais regulares, a personagem de Rose ser indestrutível (em cinco minutos de projeção, você já denota isso), como também pela falta de experiência do diretor Ryûhei Kitamura. Digo isso, pois em uma cena comum de jantar ele faz inúmeros cortes abruptos e fica girando a câmera sem necessidade (afinal eles estavam apenas comendo e jogando conversa fora, não haviam motivos).
Isso sem citar os vilões que são liderados pelo personagem de Reno, pelo qual temos a pior atuação do ator em anos e em momento algum sua presença transpõe medo, mesmo tendo a personagem da atriz mirim Kíla Lord Cassidy “revelando” toda a estratégia de Ali (realmente esse roteiro não sabe conceber nem personagens infantis).
“A Protetora” é mais uma fita de ação B, cujo estilo agradará os menos exigentes e nada mais além disso.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.