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Lançado no final de 2015 o longa de Robert Eggers, “A Bruxa“, fez um enorme sucesso e bafafa em vários festivais de cinema por onde passou. Com produção do brasileiro Rodrigo Teixeira, foi um dos carros chefes de um novo gênero de filmes de horror que então começava a nascer, o “terror psicológico”. Neste o medo é causado em nosso psicológico com imagens perturbadoras, ao invés de simplesmente situações com meros scare jumps.

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

A história se passa em 1630, em uma pequena aldeia pelo qual uma misteriosa bruxa passa a atormentar uma família e suas três crianças. Apenas com esta sucinta premissa eu vou resumir o filme, já que o enredo acaba sendo construído aos poucos, conforme o longa ganha corpo.

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

Aos mais desatentos e leigos quando o assunto é “pensar mais além do roteiro”, já aviso de antemão que este não é um filme feito pra você. A todo momento Eggers vai jogando peças do quebra-cabeças e mostra o quão podemos aguardar nas próximas partes do longa, cuja algumas cenas usufruem da violência excessiva para extrapolar a imagem perturbadora de determinada situação (vide os últimos 30 minutos).

Não há muitas falas no próprio longa, já que a ação é composta mais por gestos dos personagens. E quem se saiu muito bem foi uma então desconhecida na época Anya Taylor-Joy (“O Gambito da Rainha“), que começou a ganhar fama depois deste papel. O mistério que paira sobre sua personagem é um dos destaques e nos prende o tempo todo.

“A Bruxa” pode parecer que não é, mas se tornou um marco no cinema de horror atual e graças a ele vemos recebendo ótimos filmes como “Hereditário” e “Midsommar“.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.