Crítica - Zeroville: A Vida em Hollywood - Engenharia do Cinema
Nos últimos anos o ator James Franco se aventurou como diretor de vários filmes, sendo o maior deles “Artista do Desastre“. Porém quando se tratamos dos projetos mais pessoais como “Zeroville: A Vida em Hollywood“, ele consegue se perder totalmente ao tentar forçar arcos e atuações dramáticas onde não há. Apesar de ser como o outro filme citado, ao apresentar os “bastidores” da cidade do cinema, ele nos apresenta um arco confuso e sem quaisquer emoções no decorrer da apresentação.
Imagem: Universal Pictures (Divulgação)
Baseado no livro de Steve Erickson, a história mostra Vikar (Franco) que trabalha construindo cenários em uma Hollywood no inicio dos anos 70. É em um dos sets e festas, que ele conhece a problemática atriz Soledad Paladin (Megan Fox) por quem se apaixona. Ao mesmo tempo ele começa a descobrir seu talento como editor de produções, e acaba sendo escalado para trabalhar justamente em um filme desta.
Imagem: Universal Pictures (Divulgação)
Nos primeiros 10 minutos realmente temos interesse pela história, e vemos que Franco estava tendo um cuidado com a base do seu enredo. Só que quando aparece a personagem de Fox (que não está atuando bem), aquele tentou representar o quão a vida de Vikar estava confusa através da concepção de sua narrativa. Só que ele sequer consegue fazer o espectador ter interesse pelo arco dela, muito menos pelo dele. Mesmo apelando para nomes conhecidos como Seth Rogen, Will Farrell, Joey King, Jacki Weaver, Craig Robinson, Danny McBride, e representações breves de cineastas como Martin Scorsese, Francis Ford Copolla, Steven Spielberg, George Lucas e Brian De Palma, nada disso consegue ser bem explorado e interessante.
É quando notamos o quão o roteiro de Paul Felten e Ian Olds é ruim ao extremo, ao fazer todos os personagens dizerem várias frases de efeito e tentar fazer drama de várias situações. Isso quando eles não concebem situações sem sentido algum, e tentam vender que “o Vika está ficando doido”, quando na verdade eles não sabiam o que estavam fazendo.
“Zeroville: A Vida em Hollywood” é um dos piores filmes na carreira de James Franco, e nem com a participação de vários nomes famosos, consegue captar interesse no público com uma trama rasteira e monótona.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.