Crítica - O Passageiro Acidental - Engenharia do Cinema

publicado em:22/04/21 6:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasFilmesNetflixTexto

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Pode-se dizer que “O Passageiro Acidental” é o primeiro filme grande espacial da Netflix, e curiosamente foi escrito (junto com Ryan Morrison) e dirigido pelo brasileiro Joe Penna. Com uma premissa inspirada claramente em uma questão muito aplicada em aulas de filosofia, e um trailer que dá a entender que veremos uma produção no estilo de “Perdido em Marte”, devo confessar que apesar de ser um filme bem executado Penna pecou apenas no seu arco final.

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história gira em torno do trio de astronautas Zoe (Anna Kendrick), Marina (Toni Collette) e David (Daniel Dae Kim), que estão em uma missão de dois anos rumo a Marte. Só que após uma pane no sistema, eles acabam descobrindo que acidentalmente o misterioso Michael (Shamier Anderson) estava preso em uma das fiações da nave. Porém o fato acabou prejudicando o oxigênio da mesma, e eles terão de tomar decisões drásticas para continuar a missão.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Em um primeiro momento vemos que Cenna e Morrison embasam o roteiro com a questão “temos quatro perfis diferentes, e qual deles você escolhe para viver e morrer?”. Essa questão é até hoje muito aplicada por filósofos em diversos contextos, e realmente funciona na aplicação do longa. Ela também faz nós desconfiarmos da índole não só de Michael, mas de todos os personagens (independentemente de sua função na missão). Porém em datado ponto, quando ele passa a ser um filme realmente espacial tudo é jogado pros ares devido há alguns erros grotescos como o fato da “ausência” de gravidade em boa parte das tomadas externas. Além do CGI que fica nítida a gravação usando uma tela verde de fundo.

Em quesito de atuações não há muito do que se falar, pois Kendrick interpreta “ela mesma” (a garota meiga e atenciosa), Collete faz a persona misteriosa, Kim faz o cientista “aleatório” e Anderson só grita e chora demasiadamente em boa parte. Mas neste ponto pode-se dizer que o próprio roteiro foi bastante desleixado em não dosar estes personagens, embora o arco citado funcione tecnicamente.

O Passageiro Acidental” funciona como um filme filosófico, mas erra ao tentar ser uma produção espacial da Netflix.

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Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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