Crítica - O Legado de Júpiter (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:12/05/21 10:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasNetflixSériesTexto

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Quando foi anunciada pela Netflix, a série “O Legado de Júpiter” foi vendida como a primeira grande adaptação dos quadrinhos de Mark Millar (o mesmo de “Kick-Ass”) e Frank Quitely. Esperando algo emocionante e bastante violento (como já é de praxe das outras obras de Millar), acabamos sendo surpreendidos por um programa no nível de uma temporada pobre de “Power Rangers” com uma produção sendo pior que a novela “Os Mutantes”. Não hesito em dizer que estamos falando de uma das maiores bombas já realizadas na história da Netflix, em vários sentidos.

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história gira em torno de um grupo de super-heróis liderados por Utópico (Josh Duhamel), que adquiriram seus poderes em meados dos anos 30. Quase 90 anos depois do acontecido e terem se tornado bastante famosos pelos seus vários feitos, o filho deste com Lady Liberty (Leslie Bibb), Brandon (Andrew Horton) acaba caindo em contradição com alguns pensamentos de seu Pai.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Começo destacando que os oito episódios desta primeira temporada são completamente mal executados em vários sentidos. A ideia de intercalar a história de criação dos heróis com os fatos dos dias atuais não acaba rendendo uma trama plausível a ponto de gostarmos destes personagens. Apesar de indicar de uma maneira sutil quando estamos falando do passado e presente com o formato de tela, as atuações, os efeitos visuais e o próprio roteiro estabelecido por oito pessoas distintas (isso que você leu!) não funciona.

O que mais poderá pegar birra no espectador são os constantes discursos de Utópico sobre “não matar vilões em hipótese alguma”, onde em determinados arcos e situações sequer fazem sentido (e se transforma em uma chula ofensa até para a imagem do próprio, para com o público). Isso sem falar na trama mostrando o passado, onde frases de efeito são colocadas para “representarem” o conflito entre o capitalismo e o socialismo. O que era para ser levado a sério se transforma em risos e até mesmo raiva (fazendo os mais impacientes até trocarem de programa).

O Legado de Júpiter” consegue ser a primeira série de heróis onde os mesmos passam pano para vilões, enquanto lutam com efeitos visuais piores que uma produção caseira. Sem dúvidas a pior produção na história da Netflix.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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