Crítica - Fuga de Nova York - Engenharia do Cinema

publicado em:25/05/21 8:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

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Uma das coisas mais difíceis que qualquer cinéfilo de carteirinha passa, é escolher qual o melhor filme do cineasta John Carpenter. Tendo criado vários clássicos do cinema (como “Halloween” e “Eles Vivem“), pode-se dizer que “Fuga de Nova York” é o seu grande filme de brucutu (gênero que fez muito sucesso nos anos 80 e trouxe ao mundo atores como Sylvester Stallone e Bruce Willis). Sendo responsável por alavancar a carreira do ator Kurt Russell (que quase perdeu o papel para Charles Bronson e Tommy Lee Jones, pois era o desejo dos executivos), com seu icônico personagem Snake Plissken (cuja persona é inspirada em Clint Eastwood), a trama pode ser facilmente inserida nos dias atuais.

Imagem: Studio Canal (Divulgação)

No ano de 1997, o presidiário Snake Plissken (Russell) é escalado para uma missão suicida: salvar o Presidente dos EUA, que sofreu um acidente aéreo e caiu na cidade de Nova York. O feito poderia ser simples, se esta não tivesse literalmente virado uma prisão de ponta a ponta.

Imagem: Studio Canal (Divulgação)

Em um cenário totalmente Cyberpunk e personagens marcantes, Carpenter mirou em uma notória homenagem ao clássico (mas que havia sido lançado alguns anos antes), “Blade Runner“. Conhecido por ter criado várias críticas e constituído diversas produções que apresentam futuros distópicos (vide “Eles Vivem“), ele não poderia ter feito diferente neste “Fuga de Nova York”. Em um primeiro momento parece que estamos vendo uma produção como “Rambo”, só que à medida que Plissken é inserido em uma Nova York totalmente destruída, vemos que a situação será mais delicada.

Apesar de estarmos falando de um clássico que não possui atuações marcantes, foi a caracterização de Russell que realmente se tornou o grande destaque do longa. Usando um tapa olho (inclusive foi uma ideia do próprio ator), regata e calça, o visual só diferencia no primeiro quesito em relação aos outros brucutus da época como Rambo, T-800 e Braddock. Vivenciando situações bastante malucas (vide a cena da luta totalmente aleatória), acompanhado de personagens como Brain (Harry Dean Stanton), o taxista Cabbie (Ernest Borgnine) e a stripper Maggie (Adrienne Barbeau), facilmente pegamos interesse e intimidade pelo quarteto (mesmo se falando de um roteiro que não procura explorar direito eles).

Fuga de Nova York” pode facilmente ser definido como mais um “clássico atual”, pelos quais jamais devem ser alterados ou até mesmo refilmados por Hollywood.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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