Crítica - O Método Kominsky (3ª Temporada) - Engenharia do Cinema
Posso facilmente dizer que a série “O Método Kominsky” é a melhor e mais reflexiva produção na carreira do ator Michael Douglas. Em sua terceira e última temporada, não hesito em dizer também que ele conseguiu realizar a melhor atuação de todo o show criado por Chuck Lorre (“Two And A Half Men”), apesar de agora não ter mais a presença de seu amigo e colega de cena Alan Arkin (onde em tempos de polêmicas, deixo claro que sua saída já estava prevista desde quando ele entrou para o elenco desta e ele não saiu por conta de problemas fora das telas).
Imagem: Netflix (Divulgação)
A temporada se abre com o velório de Norman (Arkin), fazendo Sandy (Douglas) passar a refletir ainda mais sobre a vida enquanto sente a falta do melhor amigo. Porém ele ainda tem de lidar com a questão de que este lhe deixou como responsável pela distribuição de seus bens, ao mesmo tempo que sua filha Mindy (Sarah Baker) está para se casar com seu namorado Martin (Paul Raiser). Para a situação ficar ainda mais complicada, sua ex-esposa Roz (Kathleen Turner) resolve passar uns dias conosco.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Com seis episódios durando cerca de 25 minutos cada, esta temporada facilmente pode ser conferida em um único período. Nela vemos que Douglas consegue transpor perfeitamente a sensação de tristeza, dúvida, medo e alegrias em alguns momentos, inclusive acabamos querendo dar um abraço no mesmo em algumas cenas que englobam seu luto. Não querendo entrar em spoilers, mas a marca registrada da série é que este acaba contracenando com alguns atores que já atuaram em produções cinematográficas dele como Danny De Vito, Kathleen Turner (que curiosamente foi seu par nos dois “Tudo Por Uma Esmeralda“), dentre outros (pelos quais este em especial acaba roubando a cena).
Só que a série acaba perdendo um pouco da força quando explora os arcos envolvendo a filha de Norman, Lisa e seu neto Robby (Haley Joel Osment). Parece que o roteiro tenta jogar a dupla em situações inusitadas, para “conquistar” Sandy, e isso se torna uma situação bastante chata e forçada (enquanto deveria ter soado mais “naturalmente”).
“O Método Kominsky” acaba encerrando com chave de ouro uma produção que foi realizada de forma simples, e conseguiu tirar boas atuações cômicas e engraçadas de grandes veteranos.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
Que beleza, Gabriel. Assistirei ainda hoje, depois da aula da tarde on line. Abraços. Meg