Crítica - A Guerra do Amanhã - Engenharia do Cinema

publicado em:1/07/21 4:01 PM por: Gabriel Fernandes Amazon PrimeCríticasFilmesTexto

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Previsto para ser lançado inicialmente nos cinemas pela Paramount Pictures, “A Guerra do Amanhã” acabou sendo arrematado literalmente em um leilão entre os streamings pela Amazon (que coincidentemente já havia lançado outros dois filmes do estúdio previstos para os cinemas, em seu catálogo). Escrito por Zach Dean (“Um Dia Para Viver“) e dirigido por Chris McKay (“Lego Batman: O Filme“), é notório o fato desta ser a típica produção que bebe de clássicos do cinema de ação e ficção como “Tropas Estrelares” e “Interestelar“, para conceber sua narrativa. Mesmo não possuindo uma imagem original, ela consegue entreter o espectador por conta da direção de McKay e do carisma de Chris Pratt.

Imagem: Amazon Prime Video (Divulgação)

A história se passa no final de 2022, onde durante a exibição de um jogo da Copa do Mundo de Quatar, um grupo de soldados aparecem misteriosamente no estádio alegando que vieram 30 anos no futuro, e necessitam de soldados e voluntários daquela época para lutarem contra uma invasão alienígena. Um ano após o processo mostrar não surgir efeitos, e várias pessoas terem sido transportadas para o futuro, o professor de ciências Dan Forester (Pratt) acaba sendo selecionado para lutar na batalha.

Imagem: Amazon Prime Video (Divulgação)

Em seus primeiros 20 minutos somos apresentados ao personagem de Pratt e o enredo enaltece bastante sua relação com sua filha Muri (Ryan Kiera Armstrong) e esposa Emmy (Betty Gilpin), dando a entender que ele realmente possui um perfil de “homem de família”. Apesar de soar clichê, o recurso é utilizado como um adendo para comprarmos Dan durante as próximas duas horas de exibição e funciona. Só que quando ele parte para a exploração dos efeitos visuais, é notório que o trabalho foi concebido no meio da pandemia de forma remota, pelo simples fato de muitas vezes ser perceptível o uso da tela verde. Isso sem citar o design dos monstros, que parecem ter saído de uma produção C do canal SyFy, mas que deveria ser visto nas telonas, ao invés das diversas telas adaptadas pelos streamings.

Os mais exigentes com certeza não irão engolir a produção por estes quesitos, agora quem procura uma diversão escapista, irá ignorar e embarcar na jornada. Porém mesmo o roteiro bebendo a fórmula dos filmes citados no primeiro parágrafo, ele consegue nos minutos iniciais mostrar uma interessante situação que se iguala com a própria pandemia da COVID-19. Com várias pessoas sem saber o que acontece no futuro exatamente, fake news surgindo, um clima de medo sendo criado por todos e governantes preocupados com seus “cargos” e esperando a “ciência” chega a ser uma interessante crítica ao que estamos vivendo.

A Guerra do Amanhã” em sua conclusão se torna um filme divertido apenas para quem procura um divertimento escapista e sem exigência na qualidade técnica.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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