Crítica - O Poderoso Chefinho 2: Negócios de Família - Engenharia do Cinema
Após o estrondoso sucesso da animação de 2017 e da série que serve como spin-off na Netflix, “O Poderoso Chefinho 2: Negócios de Família” possui uma difícil missão de conseguir manter o legado de seus antecessores e até mesmo superar os próprios. Porém o trabalho do roteirista Michael McCullers e diretor Tom McGrath procura arriscar um pouco em relação a temática e avança em um escopo se passando anos após o primeiro. O resultado não poderia ter sido outro, se não uma animação bastante fraca em comparação com às anteriores.
Imagem: Dreamworks Pictures (Divulgação)
Após viver diversas aventuras e missões secretas com seu irmão Ted, Tim continua tendo o mesmo perfil de criança em sua vida adulta. Agora casado com Carol e com dois filhos pequenos, ele ainda tenta fazer a imaginação florir no ambiente de sua casa. Mas tudo começa a mudar quando ele descobre o fato da sua filha mais nova, Tina, também fazer parte da agencia de espionagem que Ted fazia, quando bebê.
Imagem: Dreamworks Pictures (Divulgação)
Temos em mãos uma animação que casa perfeito para quaisquer crianças até seus 12/13 anos, pois além de não possuir uma temática muito complexa e assuntos que não são cabíveis para estas faixas etárias (pelos quais alguns estúdios já estão avançando nestes tópicos), McCullers se preocupa bastante com estes assuntos. Tanto que alguns erros cometidos pelo roteiro no quesito de flashbacks constantes, e o arco da investigação ter explicações bastante rasas (afinal, não faz sentido o plano do vilão, se parar pra pensar).
Porém como estamos falando de uma animação onde adultos também irão acompanhar os pequenos nos cinemas, há algumas referencias interessantes. A começar com o visual de Ted adulto, que remete bastante a caracterização de seu dublador, o ator “Alec Baldwin“, no programa “Saturdary Night Live” (onde vivia uma icônica e divertida sátira ao Presidente Trump). Outro quesito é do próprio “Baby Ted” se parecer muito com uma versão infantil do próprio Stewie da animação “Uma Família da Pesada”, mas sem às piadas com duplo sentido e humor negro.
Não sendo melhor que seu antecessor “O Poderoso Chefinho 2: Negócios de Família“, não consegue ser uma animação que entreterá os mais exigentes e os adultos, mas sim crianças menores de 12 anos.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.