Crítica - Justiça em Família - Engenharia do Cinema
Este filme pode-se dizer que é mais uma tentativa de tentar emplacar o astro Jason Momoa como um forte nome do cinema de ação. Embora ele tenha perfil para tal e seja mundialmente conhecido como o intérprete do Aquaman, “Justiça em Família” é mais um caso de produção que diverte se você procura apenas um entretenimento de ação do estilo brucutu, no catálogo da Netflix.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Momoa interpreta Ray Cooper, onde após perder sua esposa para o câncer devido a inadimplências financeiras na farmacêutica que fornecia os medicamentos, resolve ir atrás dos responsáveis pelo ato. É quando sua filha Rachel (Isabela Merced) resolve lhe acompanhar nesta ação.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Apesar de a plataforma vender Momoa como o grande astro de ação do filme, não hesito em dizer que a grande surpresa caiu no colo de Isabela Merced (que há dois anos estava interpretando nos cinemas “Dora a Aventureira“). Em sua primeira personagem com cenas de ação e pancadaria, a atriz mandou muito bem no que lhe fora proposto. Só que estamos falando de uma produção B, cujo roteiro de Gregg Hurwitz e Philip Eisner é bastante amador em vários quesitos.
Mas o problema central é do diretor estreante em filmes Brian Andrew Mendoza, que realmente não sabe dosar em nada o drama, ação e personagens na trama (afinal se tem uma briga pesada rolando, é super normal os civis andarem normalmente e ignorarem tudo). Ele pega alguns clássicos como “O Profissional” e “Chamas da Vingança” e procura ter como base na hora de conceber as situações centrais para o enredo, e isso é perceptível pelos mais cinéfilos.
Apesar de seus problemas, “Justiça em Família” consegue ser um filme do selo Netflix com uma qualidade bastante superior a muitos lançamentos recentes da plataforma.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.