Crítica - O Homem nas Trevas 2 - Engenharia do Cinema
Desde que foi lançado em 2016, muito se falava em uma continuação do suspense “O Homem nas Trevas”. Quando anunciada, foi declarada o início da pandemia do coronavírus e pouco se sabia sobre o andamento do projeto. Chegando aos cinemas sem alarde, “O Homem nas Trevas 2” confesso que o roteiro de Fede Alvarez e Rodo Sayagues (que também escreveram o original), resolve mudar completamente a imagem do vilão protagonista (Stephen Lang) e colocá-lo como mocinho.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Agora o Homem Cego (Lang) se vê em uma situação paterna, quando assume os cuidados de Phoenix (Madelyn Grace), após a encontrar desacordada após um brutal incêndio em sua casa. Mas tudo vira de cabeça para baixo, quando sua casa é invadida por misteriosos ladrões.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Obviamente o principal estranhamento em um primeiro momento, é essa transição do antagonista ter virado o protagonista. Apesar de Lang ser um bom ator, esta mudança acaba deixando esta produção totalmente desconexa com tudo que foi visto no longa antecessor (que inclusive, acaba sendo totalmente independente deste).
Com menos violência e cenas impactantes (com exceção do último arco), o diretor Rodo Sayagues não consegue causar aquele ar de medo e aflição que havia sido criado na trama original. Agora temos apenas “um clássico filme sobre vingança”.
“O Homem nas Trevas 2” consegue ser um bom filme, mas totalmente desconexo com a premissa e estilo de sua produção original (que havia inovado em uma época onde produções de horror estavam bastante escassas).
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.