Crítica - Duna - Engenharia do Cinema

publicado em:24/10/21 7:42 PM por: Gabriel Fernandes CríticasHBO GOStreamingTexto

Quando foi anunciado em meados de 2017 que “Duna” seria o próximo filme de Denis Villeneuve (“A Chegada”), muitos já começaram a se preparar lendo o livro e conhecendo este enorme universo criado por Frank Herbert. Desde então a Warner Bros tem tratado a produção como o primeiro de sua nova grande cinessérie, após o vácuo das franquias “Harry Potter” e “O Senhor dos Anéis“. Sendo lançado com grande enaltecimento em cima da fotografia de Greig Fraser, estamos falando de um filme para ser visto na tela grande de preferência.

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

A história tem início em um futuro distante com o jovem Paul Atreides (Timothée Chalamet), que desde cedo vem sendo treinado para se tornar um guerreiro e líder de seu povo. Porém, após uma invasão, ele é forçado a fugir com sua mãe, Lady Jessica (Rebecca Fergunson), para Fremen, que fica em um dos locais mais distantes do planeta e se encontra em um grande deserto.

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

Já aviso de antemão que o roteiro estabelecido pelo próprio Villeneuve, Eric Roth e Jon Spaihts, procura estabelecer um enorme cuidado na criação de um novo universo (que remete às diversas culturas que conhecemos como a oriental e asiática). São grandes as informações contidas e apresentadas ao espectador (tanto que a duração do longa é de quase 150 minutos), porém ele não perde tempo explicando “o óbvio”. Ele já parte para as situações como Paul já treinando lutas com Gurney (Josh Brolin) e sendo tratado por toda a corte como o “diferente” (por motivos culturais dos Bene Gesserit, povo que sua mãe também pertence).

Estes fatores poderão fazer com o público não avisado e acostumado com a temática do longa, não consiga embarcar na narrativa e levar tudo pro lado “tedioso”. Por isso, já deixo o recado dado de dar um “Google” sobre o universo de “Duna”, se quiser embarcar na sessão de uma forma divertida.

Agora com relação às atuações confesso que apesar de operantes, e estarmos falando de um dos maiores elencos do ano, não consegui encontrar algo realmente marcante e que fosse digno de ser “memorável”. Eles estão lá, e apenas fazem um bom trabalho dentro do contexto. Porém vou deixar claro que “Duna” realmente é pra ser enaltecido em seu aspecto técnico.

Com a maior parte das cenas envolvendo CGI, é quase certo que neste quesito o filme será reconhecido nas principais premiações do cinema (como no Oscar). O mesmo se pode dizer sobre a fotografia (fator crucial para pagarmos uma ida aos cinemas), trilha sonora de Hans Zimmer, design de produção e até mesmo o figurino. A criação daqueles universos foi executada com tamanha perfeição, que o interesse em saber mais sobre aqueles mundos só aumenta.

“Duna” é um excelente início para uma vindoura franquia cinematográfica que está nascendo nas mãos do cineasta Denis Villeneuve.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:dezembro 19th, 2021 as 10:50


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