Revisando "Pânico 4" - Engenharia do Cinema

publicado em:29/10/21 3:00 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

Lançado em 2011, esta foi uma das continuações mais complicadas de terem sido feitas durante os anos 2000. Afinal, o terceiro filme não foi bem recebido pela crítica e público. Sendo o último da franquia sob o comando de Wes Craven (que faleceu em agosto de 2015), era nítido que ele queria “mostrar o dedo” para a franquia “Todo Mundo em Pânico” e que ele mesmo poderia fazer um misto de reboot do primeiro longa, com toques de sátira e humor negro.

Imagem: Lionsgate (Divulgação)

A história se passa quase 10 anos depois do desfecho de “Pânico 3”, e mostra Sidney (Neve Campbell) voltando à cidade de Woodsboro, para divulgar seu livro sobre os assassinatos provocados pelo Ghostface. Só que ela não imaginava que uma nova onda de assassinatos iria acontecer justamente com os amigos de sua prima, Jill (Emma Roberts).

Imagem: Lionsgate (Divulgação)

Logo no inicio do longa Craven brinca com o fator “continuações desnecessárias” de sua própria franquia, onde temos três arcos distintos apresentados, estrelando nomes conhecidos (assim como naqueles filmes, quem sempre tinham atrizes que faziam sucesso naquela época) como Lucy Hale, Anna Paquin e Kristen Bell com toques de humor negro bastante satíricos com tudo que já havíamos visto nos outros filmes da franquia.

Quando partimos para o contexto da trama em si, vemos que Craven seguiu no mesmo estilo, pois ainda há um projeto com toques satíricos, principalmente com o fator de “vamos zoar a situação deste filme ser um reboot”. Seja através dos diálogos de alguns personagens, situações de Jill e suas amigas remeterem ao filme de 1996 e até mesmo algumas passagens brincando com a questão de neste tipo de filme “sempre terem policiais tontos” (tanto que neste temos a caracterização mais caricata do personagem Dewey, pelo ator David Arquette, além do acréscimo de nomes neste setor como Marley Shelton, Anthony Anderson e Adam Brody).

  Agora no quesito das cenas de morte, neste não há nenhuma em específico que choque ou até mesmo seja impactante. Claro, há bastante sangue envolvido nelas (algo que está aos poucos sumindo dos cinemas), porém não existe uma que nos faça relembrar durante bons dias após ter conferido o longa. Apenas três em específico que até acabamos achando engraçadas (devido ao toque satírico, já tratado aqui no primeiro parágrafo).  

Panico 4” não é o melhor filme da cinessérie, mas consegue arrancar muito mais risos que várias outras produções lançadas em 2011.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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