Crítica - Hypnotic - Engenharia do Cinema

publicado em:4/11/21 10:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasFilmesNetflixTexto

Apesar de ter sido anunciado de surpresa no catálogo da Netflix e permanecido até então como um dos mais vistos da plataforma, o fator que vem chamando mais atenção do espectador que escolhe “Hypnotic” para ver é apenas um: a presença da atriz Kate Siegel. Conhecida por estrelar um dos carros chefes da plataforma, a minissérie “A Maldição da Residência Hill” (escrita e dirigida justamente por seu marido, Mike Flanagan), já deixarei claro que não estamos falando de um produto com a mesma qualidade em hipótese alguma.    

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história gira em torno de Jenn Tompson (Siegel), que após se consultar com um psiquiatra especialista em hipnose, o Dr. Collin Meade (Jason O’Mara), começa a perceber estranhos acontecimentos em sua vida e de todos em sua volta. Só que ela passa a desconfiar nos tratamentos nada convencionais de Colin.    

Imagem: Netflix (Divulgação)

O roteiro de Richard D’Ovidio (“13 Fantasmas“) é um dos mais preguiçosos que se pode imaginar, pois ele literalmente bebe da fonte dos filmes de stalker ao máximo. Desde a ordem dos acontecimentos, até mesmo em potenciais “ploat-twists” (se é que pode-se chamar assim). Com uma sequência de abertura onde o óbvio acaba acontecendo (uma cena onde uma mulher claramente entra em estado de transe hipnotica, mas ficam cerca de 10 minutos teclando neste fato), já conseguimos sentir o rumo para onde este filme vai.   

Isso porque não entrei no mérito dos personagens, onde mesmo não tendo afeição com nenhum deles, o roteiro ainda nos faz ficar indignados com algumas atitudes bastante burras e ao mesmo tempo clichês. A começar pelo detetive Wade Rollins (Dulé Hill), que comete tantos erros de principiante, que nem parece realmente exercer esta profissão à risca (como o próprio enredo vende). Enquanto Siegel só faz cara de assustada e O’Mara interpreta mais um vilão canastrão e pouco amedrontador.

Hypnotic” acaba se mostrando mais uma bomba atômica do catálogo da Netflix, que acabará sendo esquecida quando chegar a próxima leva de filmes originais da mesma.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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