Crítica - 7 Prisioneiros - Engenharia do Cinema

publicado em:8/11/21 10:05 AM por: Gabriel Fernandes CríticasFilmesNetflixTexto

Confesso que estava aguardando com uma certa ansiedade este “7 Prisioneiros“, por diversos fatores, inclusive por ser a nova dobradinha do cineasta Alexandre Moratto e o ator Christian Malheiros, após o sucedido longa “Sócrates” (que tratava a vida do próprio Moratto). Com uma premissa que apresentava algo bastante diferente do que estamos acostumados a ver no nosso cinema, e com um Rodrigo Santoro interpretando o grande vilão (depois de um tempo fora das produções nacionais).

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história mostra um grupo de jovens que aceitam um trabalho em São Paulo, para terem uma vida melhor. Só que ao chegarem no mesmo, reparam a enorme situação precária que enfrentarão por lá e o proprietário do local (Santoro) os manterá presos e trabalhando ao máximo, custe o que custar.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Nos primeiros minutos vemos que Moratto se inspirou em clássicos longas de prisões e até mesmo em obras literárias como o famoso livro de Sun Tzu, “A Arte da Guerra“, por intermédio da relação entre os personagens de Santoro (Luca) e Malheiros (Mateus). Esse tópico já consegue captar a atenção do espectador em seus primeiros momentos, mas quando a produção chega na metade de sua metragem, ele corta para uma direção totalmente diferente e mais “poética” (o que facilmente tiraria a chance dele ser indicado ao Oscar 2022, caso tivesse sido escolhido pela comissão brasileira).

Aos mais puritanos, já alerto que não há cenas fortes de violência ou algo do gênero, mas elas estão impressas no quesito emocional de todos os personagens. A começar pelas constantes ameaças de Luca contra o grupo de jovens, e como seu poder diante daquela região é enorme. Consequentemente, conseguimos adentrar na mente destas nestas horas, porém ao conhecermos o lado humano de Luca, nos questionamos “será que estamos certos ou errados?”.

7 Prisioneiros” acaba sendo um longa nacional que apesar de ter uma boa premissa, acaba perdendo um pouco da sua qualidade conforme sua narrativa se aproxima ao final.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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