Crítica - Coquetel Explosivo - Engenharia do Cinema
Certamente este é um daqueles filmes que não mereciam ser tratados como um “nada” em suas exibições pelo mundo. Originalmente programado para ser lançado nos cinemas mundiais, foi jogado para a Netflix em alguns territórios e em serviços on-demand em outros. “Coquetel Explosivo” pode ser facilmente considerado como uma versão “cartunesca de John Wick”, devido ao excesso de coloração e violência em suas cenas de ação.
Imagem: Diamond Films (Divulgação)
A história gira em torno da assassina de aluguel Sam (Karen Gillan), que desde a adolescência foi treinada para ser uma matadora profissional. Porém após um trabalho dar errado, ela se vê tendo de proteger a sua vida e da jovem Emily (Chloe Coleman), filha de um homem pelo qual ela foi contratada para matar.
Imagem: Diamond Films (Divulgação)
A direção e roteiro de Navot Papushado tenta justificar o título original da produção (“Gunpowder Milkshake“) logo nos primeiros minutos, por intermédio do enquadramento com enfase em um copo de milkshake dividindo uma jovem Sam (Freya Allan) e sua mãe (Lena Headey), que logo depois se demonstra ser uma assassina profissional. Porém, esta sutileza profissional não é vista no decorrer do filme, mas realmente ele sabe fazer boas cenas de ação (que quase sempre são regadas à violência e humor negro de primeira, datados os absurdos vistos).
Só que devido a enorme queda no ritmo do filme, alguns nomes como Paul Giamatti, Carla Gugino, Angela Bassett e Michelle Yeoh, são jogados para escanteio antes mesmo de terem a oportunidade de serem explorados de forma digna e não com caracteres padrões de suas filmografias. Ótimos nomes, sendo jogados no lixo.
Apesar de ter um bom elenco, “Coquetel Explosivo” acaba se transformando em mais uma versão feminina da franquia John Wick. É divertido, mas não chega a ser memorável.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.