Crítica - Pig: A Vingança - Engenharia do Cinema
Não é de hoje que o astro Nicolas Cage está envolvido em vários projetos aleatórios, onde alguns deles soam tão estranhos que acabam sendo realmente bons. O que é o caso deste “Pig – A Vingança“, que está trazendo seu nome de volta aos holofotes e inclusive às premiações (até mesmo sendo cotado para o Oscar de atuação). Mesmo com algumas pessoas vendendo o mesmo como uma espécie de John Wick, já alerto que o longa do cineasta Michael Sarnoski (que também assina o roteiro com Vanessa Block) é um forte drama sobre redescobertas.
Imagem: MGM (Divulgação)
No longa Cage vive Rob, um homem que mora no meio de uma floresta e vive caçando trufas com seu porco de estimação. Então um dia ele é fortemente agredido e o mesmo é sequestrado. Ao acordar, ele nota que é a hora de voltar para a civilização após um longo período fora, e terá de encarar algumas pessoas de seu passado.
Imagem: MGM (Divulgação)
Realmente o grande chamariz e diferencial no filme, é a atuação do próprio Cage. Sem emitir muitas palavras, suas atitudes chegam a ser uma verdadeira incógnita, pois ele não só transmite um semblante depressivo e triste, como também um ameaçador e que poderá fazer qualquer coisa grave para obter uma resposta. Isso já consegue captar a atenção do espectador até mesmo em uma simples cena onde ele prepara um frango cozido. Mas o cineasta Sarnoski também faz isso com o jogo de câmeras, pois como nesta cena citada, ele literalmente mostra o preparo desde a mutilação do animal, até levá-lo ao forno.
“Pig – A Vingança” é uma grande surpresa que só o astro Nicolas Cage poderia nos trazer, e felizmente consegue ser uma luz na carreira de um ator que é bastante querido por todos.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.