Espaço do Colecionador #01 - Clayton Oliveira - Engenharia do Cinema
Como nós do Engenharia do Cinema nunca escondemos que apoiamos a mídia física, resolvemos criar este quadro que sempre irá trazer um colecionador da mesma, a cada 15 dias. Com o propósito de mostrar que a mesma ainda vive e que existem várias pessoas que possuem vários filmes em suas residências, o quadro surgiu com o intuito de discutir e apresentar pensamentos sobre o andamento do mercado.
Para abrir nosso quadro, nada mais justo do que termos um dos maiores e mais conhecidos colecionadores da comunidade, Clayton Oliveira. Empresário, fã da cultura pop, gamer e cinéfilo desde sempre (algo que já passou para seu filho, com muito orgulho), ele coleciona há vários anos e possui diversas edições nacionais e internacionais, nos formatos de VHS, DVD e Blu-Ray.
Engenharia: Como você começou sua coleção? Lembra do seu primeiro título?
Clayton: Minha vontade em colecionar filmes iniciou depois da primeira vez que fui ao Cinema, lá no ano de 1993, onde fui assistir ao filme Jurassic Park com um colega de escola, foi uma das sensações mais surreais que tive na minha vida toda, aquela tela imensa, com som alto vindo de todos os lados, a imersão que tive ao ver aqueles dinossauros “reais” na tela foi maravilho demais. Isso mudou minha relação com os longas definitivamente e passei a ver todos os filmes possíveis no cinema e depois dessa maravilhosa experiência nasceu o meu desejo em colecionar os próprios.
Iniciei minha coleção de Mídia Física em 1994/1995 justamente com a aquisição do Filme que mudou a minha vida, “Jurassic Park“, então comprei o VHS com estojo imitando um fóssil de Dinossauro, na locadora onde eu alugava meus filmes. Qualquer palavra que eu utilize para descrever a sensação que tive no momento da compra do VHS não vai representar nada perto do que senti naquele dia, até hoje ainda me emociono quando lembro daquele dia e até hoje eu sinto uma emoção parecida com aquela quando adquiro um título que eu gosto muito, é uma alegria que apenas os colecionadores conseguem sentir, é uma alegria diferente de tudo o que podemos ter de bom em nossas vidas.
Imagem: Autor (Divulgação)
Engenharia: Como é composta sua coleção? Qual gênero você mais procura focar?
Clayton: Meu foco sempre foi o Terror, primeiro gênero que tive discernimento e maturidade cinéfila para apreciar e ter preferência. Obviamente iniciei meu contato com os filmes por títulos que toda criança nascida nos anos 80 assistia na TV aberta, como E.T, Goonies, Krull, A História sem Fim, Gremlins, De Volta para o Futuro, Star Wars, Karate Kid, Indiana Jones, (inclusive todos esses são títulos estão no topo da minha lista de preferidos), mas quando eu assisti ao primeiro Sexta Feira 13 e Alien (1979) na mesma semana foi amor à primeira vista e nesse momento nasceu o meu gosto peculiar por Terror/ SciFi e Fantasia.
Porém a minha coleção é bem eclética, possuo tanto filmes Populares e Clássicos a filmes Europeus, orientais, nacionais, etc. Eu digo que eu coleciono “filme bom”, sendo bom ou sendo de Terror eu compro (mesmo isso sendo muito controverso, porque o Terror na maioria das vezes não é um filme considerado bom). Também com o tempo fui preferindo edições especiais e de colecionador, mas minha preferência passou para edições que tragam algo a mais com o filme, seja um livreto, card, luva, um formato de box, um disco de extras e etc. Claro que no início eu preferia comprar os boxes que continham o maior número de filmes por estojo, como o Box de Alien com 4 filmes, mas com o passar dos anos fui tomando gosto por Giftsets, Box exclusivos, Steelbooks e itens mais especiais.
Imagem: Autor (Divulgação)
Engenharia: Como você armazena e expõe seus itens?
Clayton: Hoje eu sofro para armazenar meus filmes, tive uma mudança onde eu morava em uma casa e fui para um apartamento há alguns anos, e minha sala de filmes foi desmontada e guardada. Atualmente armazeno aproximadamente 600 títulos em prateleiras com vidros, deixando um espaço para mais uns 200 títulos que vão chegando na prateleira e sendo assistidos e depois passam para um armazenamento fora do meu apartamento, todos devidamente encaixotados, catalogados, embalados e acondicionados sem qualquer risco de sofrer avarias. Infelizmente para mim o armazenamento se tornou um pesadelo, pois a aquisição de títulos só aumenta e o espaço não.
Engenharia: Com qual frequência você compra filmes?
Clayton: Mensalmente, sempre que posso compro filmes nacionais ou importados, muitas vezes os dois. Porém sempre busco não comprometer o orçamento,ficar com dividas e deixar de fazer algo da vida.
Engenharia: Quantos itens há em sua coleção?
Clayton: Atualmente perdi totalmente a conta de quantos filmes possuo. Não que possua um número muito expressivo, pois sei que muita gente tem muito mais, mas é que nas duas mudanças que tive, acabei deixando muitos filmes encaixotados e perdi o número de itens que ficaram nessas caixas. Mas estimo que mais de 3.000 itens eu possuo na coleção atualmente, sendo que muitos títulos possuo várias versões, tenho DVD, BD, Steelbook, 4K, Giftset, Edições comemorativas, e isso faz com que eu tenho muitas edições de um mesmo título.
Engenharia: Além da mídia física, coleciona outra coisa?
Clayton: Minha vida de colecionador começou muito antes de eu imaginar o que seria ser colecionador. Logo que comecei a andar, meu pai passou a comprar HQs mensalmente e a ir guardando para quando e soubesse ler. Eis que passei a possuir itens colecionáveis antes mesmo de ter consciência disso. Conscientemente comecei a colecionar figurinhas, primeiramente aquelas de chicletes, e logo mais aquelas vendidas nas bancas de Jornal (isso com uns sete anos de idade). Depois com oito anos passei a colecionar cartuchos do Atari, mais adiante NEs, SNES, N64, e por aí vai. Atualmente coleciono Livros, Actions Figures e estátuas,tudo relacionadas ao mundo POP, jogos de Vídeo Game e os próprios filmes em Mídia Física.
Imagem: Autor (Divulgação)
Engenharia: Quais as maiores qualidades da Mídia Física no Brasil? E por qual motivo ele ainda permanece viva por aqui?
Clayton: As maiores qualidades da Mídia Física no Brasil são o acabamento, qualidade dos discos e da memorabilia, a adição de extras e o catálogo de títulos. Tenho orgulho por ver os lançamentos tão caprichados por aqui, únicos no mundo. Os motivos que a mantém vivas são: a reinvenção, a curadoria, o colecionador e os pequenos lojistas.
Com a saída de praticamente todas as Majors do Brasil a Mídia Física precisou se reinventar e esse foi seu maior trunfo. Com isso os lojistas pequenos viram uma oportunidade em atender a demanda por filmes em nosso país, mas sabiam que necessitaram mudar, os lojistas perceberam que aquele modelo de negócio das majors não cabia mais no Brasil, e não poderiam lançar qualquer filme e em quantidade muito maior que o mercado consegue absorver, e com isso cresceu a produção de filmes quase que artesanais por aqui, onde cada lojista trouxe uma forma nova de apresentar aquele produto, seja com a adição de uma Luva, com a adição de memorabilia, de edições especiais, numeradas, giftsets, edições com livreto e etc. Nesse sentido também foi necessária uma curadoria maior em seus lançamentos, como o número de compradores diminuiu absurdamente eles entenderam que precisavam trazer filmes mais relevantes para o cinéfilo e colecionador, sendo que a curadoria foi fator determinante para manter as vendas no país (mesmo que em muitos casos ela ainda esteja em evolução). E por último os Lojistas precisaram entender seu público e o mercado, precisaram saber o que o público consumidor quer ter em suas prateleiras, então passaram a dar muito mais ouvidos aos consumidores, fazendo verdadeiras enquetes para determinar o formato dos lançamentos, quais títulos disponibilizar e demais detalhes.
Considero que a mídia física permanece viva e forte por aqui por conta dos colecionadores fieis e apaixonados e ainda pela batalha diária dos pequenos lojistas que insistem em lançar filmes mesmo diante e tantas diversidades, todos se uniram (inicialmente) e trabalharam muito para manter ela viva, colocaram suas caras nas redes sociais e passaram a interagir mais e partilhar sua paixão com o os demais colecionadores mantendo a chama do colecionismo acesa. Então sem essas duas peças fundamentais, o colecionador e o lojista, a mídia física não existiria, é uma relação quase que simbionte onde um necessita do outro para viver.
Engenharia: Quais os maiores problemas que você acredita que tem afetado bastante o mercado de mídia física?
Clayton: Falando em colecionismo, vou falar o que acho que tem afastado qualquer pessoa de colecionar ou de comprar produtos de qualquer ordem: a crise mundial e os reflexos dela em nossa economia, ou seja, a falta de dinheiro! Muita gente teve que parar de comprar qualquer coisa pelo fato de tudo ter encarecido demais e não sobrar dinheiro para adquirir produtos não essenciais.
Agora, os fatores não econômicos que enfrentamos por aqui e que afastaram muitas pessoas da comunidade são os mesmos que assolam a nossa sociedade: a desunião, a intolerância, a inveja, o egoísmo, o desrespeito! Passamos de uma comunidade muito unida que compartilhava a sua paixão e lutava pelo bem comum (manutenção da mídia física no país) para uma comunidade tóxica e dividida em grupos e nicho dentro do nicho, onde não temos mais prazer ou incentivo em continuar compartilhando nossas coleções ou opiniões nesses grupos, não temos mais prazer em fazer parte dessa comunidade.
Imagem: Autor (Divulgação)
Nos últimos anos vimos o surgimento de muitos grupos destinados a mídia física e isso inicialmente foi muito importante para termos diversidade de opiniões e locais onde poderíamos conversar sobre nossa paixão com outras pessoas apaixonadas, com isso o colecionismo ganhou força e cresceu mas ao mesmo tempo o surgimento de alguns grupos começou gerar a concorrência e briga de egos entre os seus administradores que passaram a colocar seu ego e o interesse pessoal acima de tudo deixando o interesse comum em último plano para conseguirem atender seus objetivos particularesque é o de: encher suas prateleiras com filmes ganhos das lojas, de terem descontos para seus administradores/moderadores, em ter cupom de desconto ativo em loja para ganharem sua porcentagem das vendas, para ter exclusividade no anúncio de determinados títulos ou lojas, para conseguirem se aliar a lojistas com algum objetivo, enfim a lista de vantagens que esses administradores de grupos passaram a brigar é interminável.
Essas pessoas ganharam muito poder dentro da mídia física, virando verdadeiros ditadores desta, querendo até impor suas regras aos lojistas e aos colecionadores, ditando como eles devem “proceder um lançamento”, “por qual preço devem lançar”, “qual capa usar”, “como o consumidor deve conduzir sua coleção”, “de qual loja o consumidor deve comprar”, “qual preço deve pagar” e etc.
Com esse poder em mãos esses “administradores do ódio” incitam pessoas umas contra as outras, alimentam a raiva por empresas e pessoas, promovem a intolerância (mesmo levantando a bandeira de “tolerantes”), desrespeitam o gosto particular de cada pessoa, provocam desconfiança e discórdia entre os colecionadores, transformam cada postagem em um palanque político para atingir seus objetivos, inflamam discursos tóxicos ou de repúdio a lojas que eles não namoram mais (leia-se que eles não tem mais benefícios), causando com isso uma grande desunião, briga, disputa e desinformação entre os colecionadores e esse conflito criado afastou muita gente boa dos grupos e muitas dessas até pararam de adquirir por estar fora da comunidade. Com esse distanciamento da mídia física, muitos passaram a ter menos interesse nos produtos, passando a degustar dos filmes de outras formas disponíveis como através dos streaming .
Outro fator negativo e grave que causou muito o afastamento dos colecionadores nos últimos dois anos foi a certeza no atraso das encomendas, no ano que passou ninguém mais cogitou a possibilidade de receber os produtos em dia (com raríssimas exceções) e isso foi um retrocesso imenso para a mídia física. Sim, sabemos que diversos foram os fatores que causaram esses atrasos, sendo desde o desabastecimento de matéria prima, o desaparelhamento das fábricas de Mídia Física, os problemas de logística agravados pela Pandemia, a burocracia, ao aumento dos preços de tudo que envolve a mídia física, porém a maioria das lojas que estão ai no mercado possuem muitos anos de mercado e deveriam ter se organizado e se antecipado para procurar amenizar esses problemas, deveriam buscar alternativas de solução para a logística e procurado informar de forma clara e eficiente o consumidor sobre os problemas que enfrentavam, deveriam ser proativas e não reativas, vimos que sempre os Lojistas vinham se manifestar dias depois da data do lançamento e dificilmente antes de findar o prazo. Conversando com dezenas de colecionadores, todos, sem exceção, colocaram na conta da diminuição da pré-venda (ao lado da crise financeira e brigas de grupos) o atraso das entregas como fator determinante para a não aquisição de produtos.
Imagem: Autor (Divulgação)
A soma de todos esses fatores, econômicos, sociais e os constantes atrasos causou um retrocesso muito grande na mídia física no Brasil, que deve ser trabalhado e melhorado de forma urgente para tentar ainda manter um mercado viável no nosso país, sob pena de termos apenas uma empresa atuando por aqui. Para isso eu considero imprescindível duas atitudes:
A) melhorar a convivência entre os colecionadores, aumentando o número de pessoas ativas na comunidade e para isso as lojas devem iniciar imediatamente uma saída de todos os grupos relacionados a mídia física. Com isso tirando o poder desses “deuses, ditadores e administradores de grupos”, trazendo a paz entre os colecionadores novamente. As lojas devem buscar outras formas de contato direta com o consumidor através de seus canais oficiais de comunicação, e elas também deveriam parar de patrocinar grupos, pessoas e distribuir filmes de graça a esse mesmo grupo sempre (se é para oferecer degustação, que as lojas ofereçam aos colecionadores compradores dos produtos). As lojas devem direcionar seus esforços para agradar o consumidor final, que é o colecionador (pagador das contas), onde essas devem premiar a fidelidade do consumidor, oferecendo mais cupons de desconto direto (sem grupos), mais vantagens na compra da pré-venda, brindes, sorteios, prêmios. Os grupos que quiserem existir sem o recebimento de produtos dos lojistas, devem voltar a se tornar uma plataforma onde compartilharmos nossa coleção e discutirmos sobre o universo da mídia física, sem política, sem levantamento de bandeiras a favor de causas nobres, sem parcialidade quanto as lojas ou produtos, sem ditadura, sem polêmicas diárias, sem toxidade, sem propagandas patrocinadas por empresas ou campanhas contra outras empresas, precisamos de um ambiente neutro e de paz para compartilharmos nossa paixão de forma saudável e prazerosa.
B) Deve haver a organização efetiva das pré-vendas e pós-vendas em todas as lojas, as lojas devem parar de anunciar filmes ou oferecer produto sem certeza de entrega, seja pelo problema que for, voltando a despachar os produtos rigorosamente no dia prometido ou até mesmo antecipado para TODOS OS COLECIONADORES e não somente para os influencers/youtubers/administradores de grupos, etc, e que a venda de produtos em estoque ou a pós venda seja repensada para um efetivo atendimento e satisfação ao seu cliente.
C) o colecionador fiel que adere a pré-venda, deve começar a ter vantagens significativas pela compra antecipada, seja com programas de fidelidade, com descontos maiores dos que os já aplicados, até mesmo com premiações por uma determinada quantidade de compras, frete mais barato e a inclusão de algum diferencial atrativo nas edições de pré venda (um card ou um pôster exclusivo).
Engenharia: Com relação aos importados, quais quesitos você acredita que compensa a aquisição para a coleção?
Clayton: Iniciei a coleção de filmes importados muito tarde, somente em 2017/2018, quando realmente conheci itens preciosos saindo lá fora e minha primeira grande compra foi a lata de “Sexta-Feira 13”. Antes havia comprado edições simples que possuíam dublagem ou legendas em português do Brasil e que não haviam saído por aqui.
Considero que para importar a edição tem que ter algo diferente das edições nacionais, seja a exclusividade dos estúdios (principalmente com a saída da maioria dos estúdios do Brasil), o formato de vídeo e até mesmo uma apresentação única como vários Giftsets, edições comemorativas, edições especiais, edições de colecionadores, steelbooks, etc. Hoje minha prioridade para importar são os filmes em 4k, Giftses, Steelbooks, edições comemorativas ou box de coleções especiais que não saem mais por aqui.
Imagem: Autor (Divulgação)
Engenharia: Quais seus melhores itens da sua coleção?
Clayton: Essa pergunta é muito difícil de responder, tenho muitos filmes que amo igualmente a outros então é difícil dizer qual é o melhor, e também existem aqueles itens que para mim são marcantes e para outros pode ser uma edição simples. Mas sendo muito seletivo vou citar 10 itens para não ficar muito extenso:
1. Lata da Coleção “Sexta-Feira 13” (importado)
2. Ovo Alien, com os quatro primeiros filmes (nacional)
3. Box com todos os filmes de “Sexta-Feira 13”, da Shoutfactory (importado)
4. Giftset Jurassic Park, pórtico do Parque dos Dinossauros (importado)
5. Caixa Madeira de Jurassic Park (importado)
6. Um Lobisomem Americano em Londres, da Arrow (importado)
7. Box da Trilogia de Uma Noite Alucinante, da Obras Primas do Cinema (nacional)
8. Giftset imitando a Nave do E.T o extraterrestre (importado)
Imagem: Autor (Divulgação)
9. Box com os dois primeiros filmes de Halloween, da Obras Primas do Cinema (nacional)
10. Steelbook 4k de Enigma do Outro Mundo, com dublagem clássica (importado)
Engenharia: O que lhe motiva a continuar colecionando, mesmo em uma era de streamings?
Clayton: Primeiramente pelo amor ao colecionismo e ao cinema. Amo muito o cinema e tudo que diz respeito a ele e a mídia Física é a única forma de eu ter a experiência completa em mãos, seja com a memorabilia do filme, com extras, várias versões e formatos de um longa metragem, com melhor qualidade de som e áudio possível.
Segundo motivo é pelo catálogo! Colecionando eu posso ter todos os filmes que eu gosto em um único lugar, não precisando assinar meia dúzia de serviços para conseguir assistir. De nada adianta ter acesso a um streaming com conteúdo limitado e desinteressante, prefiro ter 200 filmes a disposição que eu vá realmente assistir, ao invés de ter isso a disposição e meia dúzia ser do meu interesse Sem falar que nenhum streaming no mundo reúne todos os filmes que eu gosto, mas estão disponíveis na minha prateleira. E sempre uso uma máxima: “tudo que amo eu gosto de ter próximo a mim”, então ter o filme na prateleira é uma forma de manter comigo algo que eu amo.
Engenharia: Tem algo para acrescentar, dicas, sugestões, agradecimentos?
Clayton: Gostaria de agradecer ao convite dos amigos para falar um pouco de mídia física sobre a nossa comunidade, é sempre muito importante o colecionador ter espaço para expor suas ideias e percepções. Aos colecionadores e amantes da mídia digo para continuarem compartilhando sua paixão com amigos e pessoas do bem, que comecem a se afastar da toxidade existente em grupos e aproveitem o que existe de bom em nossa comunidade, que são as amizades e a troca de experiências que temos.
Imagem: Autor (Divulgação)
Uma dica que dou é priorizar e ter foco na coleção, muito importante não sair comprando filmes que não vá te dar satisfação em ter na prateleira, importante é se organizar e focar naquilo que gosta, se o filme não for lançado esse mês economize pois pode ser que ele saia mais adiante. Não existe coleção pequena ou coleção grande, melhor ou pior, toda coleção é importante, toda coleção teve um início, o importante é não pararmos de colecionar, seja em maior ou em menor intensidade não podemos deixar que nossa paixão morra, vamos continuar enchendo nossas prateleiras de filmes de forma consciente e saudável e que isso continue preenchendo nossas vidas e nos traga satisfação.
Agradeço a todas pessoas do bem, aos amigos, e aos lojistas que lutam diariamente para trazer para o Brasil títulos relevantes que nos enchem de orgulho. Viva a mídia Física e vida longa a ela!
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.