Crítica - Moonfall: Ameaça Lunar - Engenharia do Cinema
Após o fiasco de “Independence Day: O Ressurgimento” nas bilheterias e crítica, o cineasta Roland Emmerich ficou com a carreira em xeque. Seu próximo filme após este foi “Midway“, cuja produção foi por intermédio de distribuidoras e estúdios menores (mas com um ótimo elenco). “Moonfall: Ameaça Lunar” acabou indo para o mesmo caminho do citado, porém ao invés de focar em um cenário de Segunda Guerra Mundial, agora ele retornou para o estilo catástrofe.
Imagem: Diamond Films (Divulgação)
A história se passa em um cenário onde após um misterioso problema, a Lua está prestes a se chocar com a Terra nas próximas semanas. Então a única salvação da humanidade acaba caindo para a Chefe da NASA, Jocinda ‘Jo’ Fowler (Halle Berry), o ex-astronauta Brian Harper (Patrick Wilson) e o pseudo-cientista KC Houseman (John Bradley).
Imagem: Diamond Films (Divulgação)
Apesar de se tratar de uma produção cujo foco é totalmente na destruição da humanidade e diversas cenas envolvendo este fator, o roteiro escrito pelo próprio Emmerich com Harald Kloser e Spenser Cohen apela para situações já vistas em filmes antecessores do cineasta como “O Dia Depois de Amanhã” e “2012“. Agora com menos patriotismo que nas outras produções, vemos que ele resolve tratar seus protagonistas como os verdadeiros heróis, e com motivações humanas (como o Pai que quer salvar seu filho e o nerd solitário que sonha em ser alguém na NASA). Só que isso realmente não é tratado como foco de forma detalhada, mas sim sucinta (reitero, que realmente este não era o foco do filme).
Assim como os filmes citados, ele aproveita para contar outras subtramas paralelas ao arco central e confesso que algumas apelam para “facilitações narrativas” só para poder “cortar e ir para o próximo arco” (vide algumas soluções repentinas e mortes que não faziam sentido). Como podemos ver a abordagem do personagem de Donald Sutherland, que não faz sentido em estar no filme. Mas isso é algo que o próprio Emmerich vem fazendo na maioria de seus filmes, desde os primórdios.
Com relação aos efeitos visuais, realmente para um orçamento curto, eles impressionam. Estamos falando não apenas da construção de algumas cenas de ação, mas até mesmo arcos englobando outras coisas mais além (não entrarei em território de spoilers, mas só alego o fato do roteiro ter trabalhado de forma interessante este ploat).
“Moonfall – Ameaça Lunar” acaba sendo um divertido longa catástrofe, pelo qual se você procura entretenimento pipoca e nada mais além disso, irá comprar com maestria.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.