Crítica - Meu Filho - Engenharia do Cinema
Durante o ano de 2021, uma notícia chamou bastante atenção de cinéfilos e fãs do ator James McAvoy. Seu novo projeto, que seria dirigido Christian Carion, iria se tratar de um Pai buscando seu filho desaparecido. Seria uma premissa bastante batida, se o próprio Carion não apresentasse o roteiro de “Meu Filho” para McAvoy e deixasse ele trabalhar apenas com improviso. Apesar disso ser comum no teatro, no cinema é raro isso ocorrer.
Imagem: Amazon Studios (Divulgação)
Durante boa parte da projeção, uma coisa ficou bastante clara: certamente foi uma jogada de marketing genial, pois claramente McAvoy deve ter contato com um roteiro ou alguma coisa para guiá-lo em determinadas cenas. Saliento isso, pois não havia como ele improvisar em determinadas cenas chaves, até mesmo para o andar da investigação do protagonista. Mesmo tendo uma excelente atuação junto de Claire Foy (“The Crown“), McAvoy não teve uma performance tão memorável quanto na franquia “Corpo Fechado” (onde vivia um psicopata com mais de 23 personalidades).
Imagem: Amazon Studios (Divulgação)
Mas como nem tudo é apenas em torno da atuação dos citados, devo ressaltar que a produção tem como qualidade a fotografia de Eric Dumont, cujas palhetas acinzentadas remetem demais ao cenário de Highlands, na Escócia (onde o filme se passa) e situação que o protagonista está vivenciando. Esse recurso só deixa claro que estamos vendo um suspense, e não apenas um drama (o recurso acaba fazendo sentido, mais no quesito psicológico da situação, apenas).
Aproveitando do marketing em cima do improviso constante do ator James McAvoy, “Meu Filho” acaba sendo mais um longa genérico sobre um Pai que está atrás de seu filho desaparecido.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.