Crítica - Sonic 2: O Filme - Engenharia do Cinema
Sendo um dos maiores sucessos no meio do cenário de pandemia, a franquia cinematográfica de Sonic realmente está surpreendendo demais a Paramount Pictures e fãs do personagem. Em “Sonic 2: O Filme“, parece que os roteiristas Pat Casey, Josh Miller e John Whittington ouviram as críticas dos fãs no antecessor e fizeram novamente um filme com base no que o público queria ver (vide a decisão de mudarem o visual do Sonic, no primeiro). Sim, estamos falando de uma continuação muito melhor que seu antecessor.
Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)
Na trama, após Tom (James Marsden) e Maddie (Tika Sumpter) irem ao casamento da irmã desta, Sonic acaba ficando sozinho em Green Hills e agora vivendo uma vida de rei na casa do casal. Porém, seu descanso é interrompido quando o Dr. Ivo Robotnik (Jim Carrey) retorna ao nosso mundo, acompanhado do raivoso Knuckles. Para enfrentá-los, Sonic acaba se aliando ao seu novo amigo, Tails.
Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)
Realmente, estamos falando mais uma vez de um filme onde o veterano Jim Carrey rouba a cena em vários aspectos. Seja por conta de seu perfil caricato como o excêntrico vilão (que já entrou na lista de seus melhores personagens) ou suas diversas cenas com Knuckles (que chegam a ser hilárias, em algumas partes). Por mais que Carrey e os próprios Sonic, Tails e Knuckles consigam segurar boa parte do filme sozinhos, o roteiro ainda tenta recapitular alguns personagens que haviam tido boas piadas no antecessor.
Sem necessidade de terem aparecido novamente, temos cenas envolvendo o desligado policial Wade (Adam Pally), a irmã pentelha de Maddie, Ranchel (Natasha Rothwell). As vezes estamos no meio de uma cena de ação, mas a montagem repentinamente coloca arcos destes e o único pensamento é “volte para o Sonic e Robotnik, por favor!”
Com relação às cenas de ação e efeitos visuais, o longa novamente consegue ter tomadas e desenvolvimentos muito bons (inclusive, o aspecto cartunesco na retratação do trio central é espetacular e eles realmente parecem existir). Contudo, mesmo tendo conferido a versão dublada (já que a legendada saiu em praças limitadíssimas, no Brasil todo) digo que o trabalho estava muito bem realizado e não fez perder a graça original que o filme teria.
“Sonic 2: O Filme” consegue ser mais divertido que o primeiro, e consegue corrigir alguns erros do seu antecessor.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.