Crítica - Super Pumped: A Batalha Pela Uber - Engenharia do Cinema
Sendo vendida como um dos carros chefes da Paramount+, no Brasil, “Super Pumped: A Batalha Pela Uber” é mais uma daquelas produções sobre a origem de um selo famoso, e aqui no caso do Uber. Fundada pelo visionário Travis Kalanick (Joseph Gordon-Levitt), a minissérie de sete episódios procura estabelecer ao público como a mesma começou a ocupar um espaço na sociedade, e as diversas dificuldades que Kalanick e seus parceiros tiveram no início.
Imagem: Elizabeth Morris/Showtime (Divulgação)
E começo enfatizando que a produção não define como “dificuldade” apenas os problemas que eram mostrados no prédio da Uber, e aos redores do mesmo, mas sim no mundo todo (inclusive há um arco envolvendo latrocínio com motoristas brasileiros, da plataforma). E realmente Levitt é o ator certo para este tipo de papel, pois o próprio Travis possui um ar jovem e malandro, pelos quais nos transmite uma enorme habilidade de sempre conquistar o que quer.
Imagem: Elizabeth Morris/Showtime (Divulgação)
E nesses contratempos entram os personagens de Kyle Chandler (Bill Gurley), Kerry Bishé (Austin Geidt) e Uma Thurman (Arianna Huffington, que mesmo sendo vendida como uma das protagonistas, aparece apenas na metade da minissérie), que realmente entraram de cabeça em seus papéis e convencem como os cabeças importantes nesta história (que é narrada pelo próprio Quentin Tarantino).
Mas como estamos falando de um enredo que envolve bastantes estratégias comerciais, financeiras e até mesmo “jogatinas”, animações são usadas para estabelecer um compreendimento melhor (e só funcionam por conta do estilo da própria narrativa, que se assemelha até com o longa “A Rede Social“).
Só que francamente, ao invés de se resumir em uma minissérie de sete episódios, colocaria tudo como um filme com cerca de 2h30, pois em datada metragem na metade da produção, ela começa a cansar e não sair daquela pegada que já estava sendo dita no primeiro parágrafo (chega o problema, Travis joga com todo mundo e consegue sair do mesmo). Em um longa-metragem, isso seria mais condensado e o público compraria melhor.
“Super Pumped: A Batalha Pela Uber” acaba sendo um interessante retrato de como surgiu o aplicativo de caronas, porém acaba pecando ao sempre ficar na mesma tecla ao conduzir sua narrativa.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.