Papo do Colecionador # 10 - Tony Schuler - Engenharia do Cinema
Como nós do Engenharia do Cinema nunca escondemos que apoiamos a mídia física, resolvemos criar este quadro que sempre irá trazer um colecionador da mesma, a cada 15 dias. Com o propósito de mostrar que a mesma ainda vive e que existem várias pessoas que possuem vários filmes em suas residências, o quadro surgiu com o intuito de discutir e apresentar pensamentos sobre o andamento do mercado.
O papo de hoje é com o radialista Antonio Alvaro Schuler (conhecido por muitos como Tony Schuler), de 47 anos. Assim como muitos, também começou a coleção por intermédio dos DVDs piratas e conforme foram se passando os anos foi conseguindo atualizar a mesma por versões originais destes produtos.
Engenharia: Como você começou sua Coleção? Qual seu primeiro título em mídia física?
Tony: Num país complicado para qualquer tipo de colecionismo, iniciei minha “coleção” através de produtos alternativos, ou seja, os conhecidos piratas, afinal não tinha poder aquisitivo para adquirir os originais. Porém com o passar do tempo, tendo mais intimidade com o mundo da mídia digital, descobri que a questão era muitas vezes conhecer onde comprar e que tínhamos na época uma gama enorme de sites disponibilizado filmes em promoções incríveis. Com isso aos poucos fui substituindo tudo por itens oficiais e hoje me considero realmente um colecionador e ferrenho apoiador da mídia física. Meu primeiro título foi “Fúria de Titãs” de 1981.
Imagem: Autor (Divulgação)
Engenharia: Quais são seus maiores títulos da coleção?
Tony: Os maiores títulos de minha coleção, não considerando valor monetário ou raridade, são “O Quinto Elemento” em BD com dublagem (esse sim raro), “Trilogia Evil Dead” (lançada pela Obras Primas do Cinema) e “A Volta dos Mortos Vivos” de 1985. Os considero os maiores, pelo valor sentimental que representam em
minha caminhada, como fã e colecionador de filmes.
Engenharia: Com relação aos importados. Quais quesitos você acredita que compensa, na hora de trazer um título para sua coleção?
Tony: Apoio incondicionalmente a mídia física nacional, porém, em alguns casos importar é a única forma, de suprir a ausência de certos títulos não lançados aqui ou até mesmo outros que surpreendentemente trazem a opção de dublagem lá fora enquanto em nosso país não. Tirando isso, tenho nos produtos nacionais a minha prioridade.
Engenharia: Além de mídia física, você coleciona outras coisas?
Tony: Além da mídia física, mesmo que timidamente tenho adquirido itens como Action Figures e outros produtos relacionados a personagens e veículos de filmes que gosto muito. Mas infelizmente é uma opção bastante cara e às vezes inviável, pelo menos para mim.
Engenharia: Quais os maiores problemas que você acha que a comunidade de mídia física enfrenta?
Tony: Hoje, vejo como problemas principais, a diminuição de empresas ainda acreditando no seguimento, pela pouca demanda, associada ao encarecimento dos insumos, isso agravado principalmente pela chegada dos streaming. Também há infelizmente uma escassez de players para rodar os filmes, e praticamente zero chances de aparelhos para 4k. Entre os problemas, acho esses os mais preocupantes.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.