Primeiras Impressões - O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder - Engenharia do Cinema

publicado em:4/09/22 8:30 PM por: Gabriel Fernandes Amazon PrimeCríticasSériesTexto

Já aviso de antemão que esta é uma análise dos dois primeiros episódios e não da série como um todo. Não irei entrar em parâmetros de comparação com os livros e histórias deste universo, mas sim apenas do conteúdo mostrado na série, como um todo.  

Em meio a muito alarde e polêmicas, a Amazon Prime Video lançou os dois primeiros episódios de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder“. Sendo o seriado mais caro da história, com um orçamento de US$ 2 bilhões, estamos falando também de uma das produções mais aguardadas dos últimos anos, mas que realmente acabou dividindo o público por conta de diversos motivos. Existem os que amam, os que odeiam e os meio termo. Mas realmente, pensando com um pé no chão, estes dois primeiros capítulos foram bons? Em aspectos técnicos, sim! Porém, em estrutura de roteiro não.

Imagem: Amazon Studios (Divulgação)

A história se passa anos antes das trilogias de “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis“, e vemos como Galandriel (Morfydd Clark) traçou sua própria trajetória e se tornou uma das mais respeitadas personagens do universo criado por J.R.R. Tolkien. Ao mesmo tempo, somos apresentados a diversos arcos englobando o mundo dos Elfos, Hobbits e humanos, que viviam vários conflitos étnicos e sociais.

Imagem: Amazon Studios (Divulgação)

É inegável que a fotografia é o grande carro chefe neste inicio da série, devido a enorme quantidade de detalhes que a mesma consegue apresentar (muito graças a ela ter sido filmada totalmente em 4K, permitindo ver até os detalhes nas lanças e vestimentas de todos os personagens). O mesmo pode-se dizer do figurino, design de produção e CGI que recriou o universo de Tolkien com perfeição (igual era visto nos cinemas).

Mas como tudo não é as mil maravilhas, o principal (e único) problema acaba decaindo sobre o roteiro. Os dois primeiros episódios possuem uma metragem de 65 minutos cada, e a sensação que passa é “vamos apresentar todo mundo que podemos agora, e aceleramos algumas coisas menos importantes”. Neste momento o arco engloba a motivação de Galandriel (que foi a morte de seu irmão, onde inclusive é uma cena porca e resumida), pelas quais sentimos que precisava mais abordagem e minutos em tela para termos uma certa proximidade com eles.

O que não podemos dizer o mesmo sobre a Hobbit Nori (Markella Kavenagh), que está começando a ter sua história mais detalhada e motivações ainda sendo plantadas. Apesar de soar como uma versão “feminina” de Frodo, há potencial enorme para a mesma.  O mesmo pode-se dizer do Elfo Arondir (Ismael Cruz Cordova, que até agora soa mais com um ator canastrão) que mantém um caso com a humana Bronwyn (Nazanin Boniadi). Mas como estamos falando de uma série, é cedo para citarmos quais são suas motivações reais e como ela será desenvolvida.

Nestes seus dois primeiros episódios, “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder” realmente se destaca como uma série perfeita em aspectos técnicos, mas seu roteiro ainda está em uma verdadeira corda bamba.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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