Crítica - Cobra Kai (5ª Temporada) - Engenharia do Cinema
Realmente estamos falando de uma das séries cujas quatro temporadas conseguiram ser tão boas quanto suas antecessoras, e neste quinto ano o mesmo pode-se se aplicar. Sempre compostos de dez episódios, cujo estilo sempre resgatou a narrativa exercida no longa clássico dos anos 80, “Cobra Kai” também é conhecida por entregar o que os fãs de “Karate Kid“, sempre quiseram ver: lutas, embates e resgates de personagens famosos. Responsável por trazer novamente os astros Ralph Macchio (Daniel LaRusso) e William Zabka (Johnny Lawrence), certamente essa temporada mostrará mais coisas que sempre quisemos ver na franquia.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Após o Cobra Kai ter sido assumido pelo violento e psicótico Terry Silver (Thomas Ian Griffith), Daniel e Johnny se veem tendo de se unir mais do que nunca, para tentar deter que o legado errôneo da equipe consuma os seus discípulos de Karatê.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Com capítulos contendo cerca de 35 minutos cada, o fator “continuação” é mais uma vez o crucial para prender a atenção do espectador em seus novos episódios. Felizmente os roteiristas sabem que devido a forte rivalidade entre Daniel e Terry, muitos queriam ver apenas a dupla alimentando a tensão entre eles e é exatamente isso que nos entregam. E mérito também decai sobre a atuação de Griffith (que está ótimo como o vilão desta temporada), cujo olhar e intenções realmente conflitam com os pensamentos do espectador, diante de suas questionaveis atitudes.
Embora tenham tido uma certa importância no decorrer da série, Miguel (Xolo Maridueña), Robby (Tanner Buchanan), Samantha (Mary Mouser) e Tory (Peyton List) foram movidos a meros coadjuvantes. Mas isto não significa que suas tramas tenham sido jogadas para escanteio, mas sim que elas foram desenvolvidas em segundo plano (e este é um dos fatores que fazem esta série cada vez mais ser mais divertida, à cada temporada).
Porém, como estamos falando de uma série Netflix e que a mesma tem de realizar suas produções em um curto período de tempo, as cenas de luta acabam deixando a desejar um pouco em quesitos técnicos (já que são usados vários cortes para as encenações das mesmas, e fica nítido que alguns atores terciários não sabiam lutar ou tinham manejo em lutas). Mas isso não acaba prejudicando o andar da narrativa, mas a transforma apenas em uma artimanha amadora, por parte dos diretores.
A quinta temporada de “Cobra Kai”, acaba sendo uma verdadeira lição para os executivos que não sabem continuar suas séries, pois aqui tudo o que os fãs queriam ver neste ano, acaba sendo entregue com êxito.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.