Crítica - O Telefone do Sr. Harrigan - Engenharia do Cinema
Quando estamos falando de um projeto cuja produção envolve os nomes de Stephen King, Jason Blum e Ryan Murphy, certamente será um conteúdo muito bom que deve ser feito. “O Telefone do Sr. Harrigan” é o típico caso de um filme lançado pela Netflix, e que a própria não acreditou no potencial positivo do mesmo (uma vez que ele sequer vem sido divulgado pela mesma, como outros conteúdos recentes). Não estamos falando de um filme de terror, mas sim um drama bastante reflexivo e emocionante.
Imagem: Netflix (Divulgação)
A história é inspirada em um conto do próprio King, e mostra a relação de amizade entre Craig (Jaeden Martell) e o milionário empresário aposentado Sr. Harrigan (Donald Sutherland). Trabalhando como uma companhia para este desde a sua infância, um dia Craig resolve presentear o idoso com um iphone (justamente na época onde o mesmo estava começando a dominar o mercado). Mas quando este falece, ele resolve colocar o aparelho no bolso do veterano e nota que o mesmo começa a enviar mensagens misteriosas para o seu celular, dias depois do enterro.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Um ponto favorável feito pelo cineasta John Lee Hancock (“Um Sonho Possível“), é que ele procura utilizar a primeira parte do longa para desenvolver bem a relação entre Craig e o Sr. Harrigan (inclusive Martell e Sutherland possuem uma ótima química). Você acaba se importando com ambos, antes do arco principal ser colocado em cena, de tamanha naturalidade e importância que acaba sendo criada por eles (algo que ultimamente os filmes não estão fazendo).
Sim, existe uma atmosfera de suspense, uma vez que tentamos descobrir como é de que as coisas acontecem com relação às mensagens enviadas pelo celular (uma vez que também ele acaba sendo um coadjuvante, no lugar da persona de Sutherland). E isso acaba funcionando, pois já estamos presos na trama e interessados em seu decorrer. Isso sem citar as menções honrosas para Kirby Howell-Baptiste (Professora Hart) e Cyrus Arnold (o Bully, Kenny Yankovich), que aparecem homeopaticamente, mas que possuem enorme importância para o decorrer da trama (e se mostram atores ótimos, também).
“O Telefone do Sr. Harrigan” acaba sendo uma agradável surpresa em relação ao retratar uma história diferente, de forma digna e surpreendente. Que venham mais obras da trinca Stephen King, Jason Blum e Ryan Murphy.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.