Crítica - O Meme do Mal - Engenharia do Cinema

publicado em:20/10/22 10:49 AM por: Gabriel Fernandes CríticasStar+StreamingTexto

Não é novidade que o icônico “meme” da MOMO atingiu uma geração de jovens desocupados, que se preocupam em ficar achando coisas banais na internet. A mesma sempre aparecia de forma “aleatória” e fazia com que estes acabassem cometendo atos brutais com si mesmos. E obviamente que Hollywood iria aproveitar este sucesso para fazer um filme inspirado na mesma. “O Meme do Mal” certamente é mais um projeto cujo intuito do cineasta John Ross (que assina o roteiro e direção) é beber da fórmula de outras produções de horror e tentar reproduzir o maior número de clichês, dentro do possível.   

Imagem: Star+ (Divulgação)

A história começa quando uma pequena cidade se vê abalada com aparições surpresas do meme Grimcutty, que normalmente acabam desencadeando diversos assassinatos e atitudes violentas de vários jovens. Neste cenário, a blogueira Asha (Sara Wolfkind) tentará mostrar para os seus Pais que o mesmo realmente existe e está se tornando cada vez mais fatal.

Imagem: Star+ (Divulgação)

Durante boa parte de sua metragem, a sensação que temos é de que o projeto foi concebido como um produto feito as pressas e que os espectadores fossem os mesmos jovens que se viam “amedrontados” pela lenda urbana da MOMO. Parece algo fútil, mas certamente por intermédio deste pensamento vemos que os produtores não exigiram muito de absolutamente ninguém, no desenvolvimento deste filme. Seja por intermédio das atuações canastronas (inclusive o interprete do Pai de Asha, o ator Usman Ally consegue nitidamente achar que está em um filme de comédia, de tão ridícula que está sua atuação), ou o CGI do próprio Grimcutty (que se assemelha ao Ryuk de “Death Note“).

Isso sem entrar no mérito de que ainda há uma preocupação do próprio estúdio ainda cogitar em transformar o mesmo em uma franquia (algo que muitos filmes de horror, ainda estão se estabelecendo em fazer constantemente), ao criar novas arestas, ao invés de tentar fechar algumas pelas quais estavam sendo criadas.

O Meme do Mal” consegue se tornar uma produção tão pífia, que nem para meme de redes sociais serve para ser.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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