Crítica - Estranho Mas Verdade - Engenharia do Cinema
Sendo lançado de forma totalmente discreta no catálogo da Amazon Prime Video, “Estranho Mas Verdade” pode parecer em um primeiro momento como um filme gospel, ao invés de um drama com toques de mistério (que ele realmente é). Com um elenco de primeira, composto por Margaret Qualley, Amy Ryan, Greg Kinnear, Brian Cox, Blythe Danner e Nick Robinson, este é o principal tópico que nos faz apertar o play para conferir. Porém, este é o típico caso de produção que serve apenas para preencher uma lacuna em uma tarde e nada mais além.
Imagem: CBS Films (Divulgação)
Baseado no livro de John Searles, a história gira em torno de Melissa (Qualley), que após o falecimento do seu namorado, reaparece anos depois na casa do mesmo alegando estar grávida dele. Causando um enorme mistério na situação, ela coloca em xeque as relações dos pais deste (Amy Ryan e Greg Kinnear) e seu irmão mais novo Philip (Nick Robinson).
Imagem: CBS Films (Divulgação)
Realmente, o diretor Rowan Athale em um primeiro momento consegue criar uma interessante atmosfera, sobre o mistério colocado em relação a gravidez de Melissa. Realmente não somos convencidos em um primeiro momento de tal fato, e isso é mérito das atuações de Qualley e Ryan, que fazem um ótimo contraponto durante boa parte da narração (uma vez que estamos falando de uma relação que nitidamente havia conflitos).
Só que um dos principais pecados do longa, é o roteiro de Eric Garcia ter apelado para diálogos clichês e várias frases de efeito para causar alguns impactos, enquanto às próprias atuações já acarretam esta função. E isso é mérito do elenco citado no primeiro parágrafo, que nitidamente estudou e sabe muito bem o contexto da história proposta (que ainda há brecha para desenvolver um arco de suspense).
“Estranho Mas Verdade” consegue captar a atenção do espectador, por conta do mistério envolto ao arco principal. Mas peca ao desenvolver sua linha de diálogos.
O final é besta e me senti na maior perda do meu tempo.