Crítica - Querida Zoe - Engenharia do Cinema
Existem projetos que só são concebidos para serem exibidos em festivais de cinema pelo mundo, e conseguir tirar boas performances de seus atores para eventuais projetos maiores (e que lhe podem até levar ao Oscar). Nos intervalos das gravações de “Stranger Things“, este tem sido o foco da jovem Sadie Sink (que na série interpreta a adolescente rebelde Max), que já acertou com “A Baleia“, mas aqui em “Querida Zoe“, infelizmente ela não teve a mesma sorte por vários fatores.
Imagem: Zin Hase Productions (Divulgação)
Inspirado no livro de Philip Beard, após ter de lidar com a precoce morte acidental de sua irmã mais nova, Tess (Sink) resolve ir morar com seu Pai Nick (Theo Rossi), para não ter de aturar sua mãe Elly (Jessica Capshaw) e padrasto David (Justin Bartha). À medida que os dias se passam, ela começa a perceber que realmente a vida é feita de pequenas coisas e que ela deve virar algumas páginas.
Imagem: Zin Hase Productions (Divulgação)
Realmente este roteiro escrito por Marc Lhormer e Melissa Martin parece ter sido feito por intermédio de um chat GPT, com tamanhas situações e diálogos tão banais, que parecem ter sido tirados de uma esquete dramática feita para o “Programa do Ratinho”. Tudo soa como “olha, vamos tentar tirar situações dramáticas de tudo que é possível, e mostrar que a Sadie Sink realmente é boa atriz!”. Só que mesmo nas produções citadas no primeiro parágrafo, isso não é só feito perfeitamente, como os roteiros são melhores em vários aspectos.
Todas as situações possíveis para serem tiradas deste tipo de longa dramático, são exercidas e transparecem uma enorme preguiça por parte dos roteiristas. “Ahh, mas no processo de luto acontecem estas coisas!”. Mas o que realmente diferencia esta produção com as outras da mesma temática? Exatamente nada.
“Querida Zoe” termina sendo uma experiência clichê e tediosa, cujo único propósito é preencher lacunas em festivais de cinema e plataformas de streaming.