Revisando - Construindo Uma Carreira - Engenharia do Cinema
Chega a ser engraçado que durante os anos 90, “Construindo Uma Carreira” se tornou um dos grandes sucessos nas reprises da “Sessão da Tarde”, e ao mesmo tempo tenha sido considerado pelo próprio John Hudges um dos seus piores filmes (tanto que ele solicitou para a Universal tirar seu nome dos créditos de roteirista, e o estúdio negou). Com direção de Bryan Gordon (da série “Segura a Onda”), a produção se tornou bastante marcante entre os adolescentes, por conta da personagem de Jennifer Connelly (“Top Gun Maverick“) ser totalmente sexualizada (algo que nos dias de hoje, resultaria até no cancelamento até do cinegrafista do filme) e literalmente se mostrar interessada por um adolescente tímido e nerd (vivido por Frank Whaley).
Imagem: Universal Pictures (Divulgação)
Após não conseguir se prender em nenhum trabalho relevante, o adolescente Jim (Whaley) acaba arrumando um emprego como faxineiro da madrugada, em uma enorme loja de departamentos. Em sua primeira noite de trabalho, ele acaba descobrindo que a rebelde Josie (Connelly) está “presa” no estabelecimento com ele. Tudo poderia ser um sonho, até que dois assaltantes (Dermot Mulroney e Kieran Mulroney) aparecem no lugar.
Imagem: Universal Pictures (Divulgação)
Um dos fatores que conseguem cativar os adolescentes nesta produção, é que a maioria dos adolescentes e jovens na faixa dos 25 anos, facilmente conseguem se identificar com Jim. Seja por conta de seu jeito malandro, mas no fundo sem saber o que deseja exatamente. E a maioria destes, sempre tem como desejo, conquistar aquela garota dos sonhos da escola (que aqui é vivida pela própria Connelly).
É neste contexto que entra o quesito da sexualização de Josie, uma vez que ela funciona como uma descrição de uma mulher perfeita, na mente de um adolescente (o que é o caso do próprio protagonista, aqui). O que resultou em cenas aleatórias de duplo sentido, como ela cavalgando em um cavalo de brinquedo (visto na foto acima).
Mesmo com este escopo que facilmente conquista o público alvo, analisando a fundo o roteiro de Hudges, realmente temos em mãos seu trabalho mais fraco na carreira. Com uma metragem de 83 minutos, a sensação é que não houve uma explanação melhor em explorar mais a relação dos protagonistas, muito menos a presença dos bandidos no estabelecimento (que é relativamente curta, colocando na mesa).
Com descuidos à parte, “Construindo Uma Carreira” é aquele filme que merece ser visto e revisto pelos amantes do cinema dos anos 80/90, além de mostrar que dificilmente veremos uma narrativa neste mesmo estilo, nos dias atuais.
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