Crítica - Magic Mike: A Última Dança - Engenharia do Cinema

publicado em:4/06/23 8:14 PM por: Gabriel Fernandes CríticasHBO GOStreamingTexto

Sendo uma das franquias mais lucrativas do cinema, “Magic Mike” nasceu de uma ideia descompromissada entre Channing Tatum e Steven Soderbergh, com inspiração na vida do primeiro antes de ingressar no universo do cinema. Com produções tendo orçamento na cerca de US$ 7 milhões, a trilogia já rendeu cerca de US$ 346 milhões (apenas nos EUA). “Magic Mike: A Última Dança” foi concebido com o intuito de ir direto para a HBO Max, mas o CEO da Warner, David Zaslav viu que poderia ter uma boa passagem nas telonas primeiro.

Com um resultado inferior aos dois primeiros, este terceiro foi um fracasso absoluto, pois rendeu US$ 57 milhões (tendo custado US$ 40 milhões). E o que seria um lançamento mundial nos cinemas, acabou sendo reduzido mais uma vez ao streaming do HBO Max (inclusive no Brasil). Realmente, a decisão foi sábia, uma vez que estamos falando do mais fraco exemplar da saga.    

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

Trabalhando como barman em eventos da alta sociedade, Mike (Tatum) acaba esbarrando com a misteriosa bilionária Maxandra Mendoza (Salma Hayek). Após uma noitada, este oferece a ele a chance de lhe auxiliar em uma peça teatral inspirada em um show de stripers, concebidos pelo próprio.

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

O roteiro de Reid Carolin (que cuidou do roteiro dos outro dois filmes) parece ter sido tirado de uma ideia forçada, de tão rasteira e cansativa (são quase duas horas de duração, sem necessidade) que se tornou essa trama. Não há uma explanação ou aproximação de nenhum dos personagens que são apresentados, e embora Hayek faça milagres (uma vez que sua atuação é realmente boa), fica nítido que o intuito deste filme foi apenas encher o catálogo do HBO Max.

Com menos danças, sensualidade e até mesmo motivações plausíveis (como o primeiro havia mostrado), parece que resolveram produzir este filme por conta do sucesso entre o público feminino com as franquias “50 Tons de Cinza” e “365 Dias“. O pior é que o diretor Steven Soderbergh (que fechou com a HBO Max, para a produção de vários filmes), retornou para a franquia e nitidamente ele também estava no automático e desinteressado em fazer este projeto.

Magic Mike: A Última Dança” é um vergonhoso encerramento para a franquia, que possivelmente resultará no congelamento da mesma durante alguns anos.



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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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