Crítica - Fubar (1° Temporada) - Engenharia do Cinema
Depois de Sylvester Stallone se conciliar no streaming do Paramount+ com drama de ação “Tulsa King” e o reality “A Família Stallone“, seu amigo de longa data Arnold Schwarzenegger fez exatamente o mesmo na Netflix. O veterano está na minissérie “Arnold” (que foca em três fases na sua carreira) e nesta série de comédia/ação “Fubar” (que no ramo militar estadunidense, significa que os soldados estão f*didos). Com o intuito de não se levar a sério e homenagear o legado do próprio em vários sentidos (seja por intermédio de suas frases, situações que remetem aos seus filmes e sua vida pessoal), a atração funciona e muito, se você for assistir com esses pensamentos.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Prestes a assinar sua aposentadoria, o agente secreto Luke (Schwarzenegger) é convocado inesperadamente para uma última missão: resgatar um agente que foi descoberto por um cartel de drogas, comandado pelo temido criminoso Boro (Gabriel Luna). Ao chegar no local, ele acaba descobrindo que o próprio trata-se de sua filha Emma (Monica Barbaro), que também está na carreira há anos.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Dividido em oito episódios, com cerca de 50 minutos cada, a atração em momento algum se leva a sério em suas várias situações que vão a consertar a CPU de um computador com uma tampinha de alumínio ou atropelar “sem querer” um capanga do vilão durante uma discussão. Tudo isso sempre carregado de um CGI de péssima qualidade (remetendo a produções D do canal “Syfy“).
Embora várias dessas situações nesta pegada são apresentadas pelo enredo, nem todas conseguem tirar risos do espectador, uma vez que vários arcos são clichês e previsíveis, como o jovem nerd namorando pela primeira vez, o galã bobão, a lésbica que rouba a cena dando fora nos outros personagens, um carro que vai explodir “inesperadamente” (muito devido aos enquadramentos da direção, entregarem que isso vai ocorrer)
A única exceção se dá pela aparição do veterano Tom Arnold (que trabalhou com Schwarzenegger, em “True Lies”), que interpreta o torturador Norm Carlson (que é um dos mais engraçados e melhores personagens da trama). Mesmo assim, Schwarzenegger e Barbaro possuem uma boa química e entrosamento de Pai e Filha (uma vez que eles casem no timing cômico e de ação), e também rendem boas risadas (como a breve cena do batom).
A primeira temporada de “Fubar” poderia ter sido um pouco melhor desenvolvida, mas ainda sim consegue entreter sutilmente e sem compromisso, os fãs do veterano australiano.