Crítica - Resgate 2 - Engenharia do Cinema
Depois do enorme sucesso que “Resgate” conquistou na Netflix, em 2020 (inclusive foi lançado em pleno cenário de lockdown, e com uma ausência de poucos lançamentos), era óbvio que a mesma iria investir em uma continuação (inclusive, a terceira parte já foi confirmada). Estrelada por Chris Hemsworth e dirigida por Sam Hargrave (que vem do universo dos dublês de ação), estamos falando de uma potencial nova franquia que remete e muito aos estilos de Rambo, Braddock e “Comando Para Matar”. E realmente, funciona.
Imagem: Netflix (Divulgação)
O filme tem inicio logo após o término do primeiro, com o mercenário Tyler (Hemsworth) deixado gravemente ferido, sendo posteriormente resgatado e “renascendo”. Em sua recuperação, ele recebe a visita do misterioso Alcott (Idris Elba), que lhe divulga seu novo trabalho, que envolverá o resgate de uma mãe (Sinead Phelps) e seus dois filhos, de um perigoso criminoso.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Não é novidade que a onda de novos diretores de ação, que eram dublês do gênero (o que é o caso de nomes como Chad Stahelski e David Leitch) conseguem ser os melhores e mais inovadores no mesmo. Embora o material em mãos seja totalmente clichê, Hargrave procura inovar na técnica de mostrar suas cenas malucas de ação (como mostrar um arco da fuga de uma prisão, em um plano sequência com cerca de 25 minutos). E o recurso não só funciona, como prende nossa atenção.
Embora este tipo de produção não foque em atuações dramáticas ou algo do gênero, é nítido que Hemsworth está muito à vontade no papel de Tyler (uma vez que o próprio havia declarado que queria focar em mais papéis nesta pegada), inclusive seu porte é condizente com o enredo. E isso funciona também, pois ele apanha, se machuca e seus desafios são bem apresentados por Hargrave (sem quebrar o suspense por cortes amadores).
Remetendo e muito aos longas brucutus como “Rambo 2“, estamos falando de um enredo que não possui um tempo para descansarmos do excesso de ação que ocorre. E confesso que é nítido que o trabalho de mixagem de som e fotografia seriam melhor aproveitados em uma tela grande (o que me faz pensar que a Netflix errou, em não colocar este filme nos cinemas, primeiro), por isso a experiência fica mais divertida vendo na maior tela que você tiver em mãos.
“Resgate 2” é uma verdadeira aula de como se fazer uma continuação de um longa de ação, e finca que a nova onda de diretores vindo do universo dos dublês do gênero, são para ficarmos de olho.
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