Crítica - 65: Ameaça Pré-Histórica - Engenharia do Cinema
A humanidade possui diversas perguntas, sem resposta. Uma delas que vai se perpetuar durante anos vai ser como a Sony Pictures resolveu bancar o longa “65: Ameaça Pré-Histórica“, esperando que seria um filme plausível para alguma coisa, uma vez que ele não consegue entreter nem uma mosca que passa na frente do televisor. Estrelada por Adam Driver (“A História de Um Casamento“), e tendo a direção e roteiro assinada pela dupla Scott Beck e Bryan Woods (roteiristas dos dois “Um Lugar Silencioso”), a produção se vende como um filme de Dinossauros, que sequer mostra os mesmos devidamente.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Após um acidente ocasionar na queda de uma nave espacial, em um então planeta desconhecido, o Astronauta Mills (Drive) e a jovem tripulante Koa (Ariana Greenblatt) se vêem em um cenário florestal repleto de seres pré-históricos e correndo um enorme risco de vida.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Realmente é um desafio grandioso começar a falar sobre este filme, uma vez que o roteiro não é interessante e em muitos momentos parece estarmos vendo uma produção inacabada e com efeitos visuais tão ruins, que fazem os filmes do canal Syfy serem obras primas (vide “Sharknado”). O longa se resume a Adam Driver e Ariana Greenblatt ficarem em um looping infinito de andarem na floresta, matarem dinossauros, se machucarem e o primeiro subir/cair de árvores. Ponto (não estou brincando).
E em determinado ponto da projeção, me peguei pensando “porque diabos, este filme foi idealizado?” e “Como que um estúdio deve ter aprovado este roteiro imbecil?”. Uma coisa é fato: Driver aceitou este papel não apenas pelo cachê, mas também para reviver seus tempos onde serviu na marinha (inclusive, este foi seu primeiro papel no cinema, onde ele teve de ter um treinamento bélico).
Ligamos para o seu personagem e para a jovem Koa? Não conseguimos sequer ter interesse em torcer para eles saírem daquele cenário de looping “inusitado”, uma vez que não existe uma verdadeira motivação para a dupla seguir naquele cenário.
“65: Ameaça Pré-Histórica” facilmente entrará para a lista dos piores longas deste ano, e da carreira do ator Adam Driver. Evite.