Crítica - Elementos - Engenharia do Cinema
Em meio a diversas bombas e fracassos, finalmente a Disney conseguiu acertar em uma animação que foi lançada nos cinemas. “Elementos” não é na mesma pegada de clássicos da Pixar como “Up“, “DivertidaMente” e até mesmo “Toy Story“, porém consegue cativar o espectador por conta de sua simplicidade e reflexão transposta para o público, com relação a família as suas diversas histórias de origem.
Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)
A história é centrada na jovem chama Ember, que aguarda o dia que irá conseguir assumir a loja de seu Pai, e assim fazer o próprio e sua mãe ficarem orgulhosos de suas atitudes. Mas, após um incidente no local, ela acaba tendo seu destino cruzado com a gota d’água Wade, que a faz refletir ainda mais sobre a vida.
Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)
Em sua abertura, fica nítido que se trata de um projeto que busca a ligar ao espectador não pelo seu visual, mas sim pelo roteiro (indo na contramão das últimas obras do estúdio, que procurava focar nos dois quesitos).
Concebido pelo trio John Hoberg, Kat Likkel e Brenda Hsueh, logo nos primeiros minutos já começamos a criar um vínculo com a família de Ember, pois é inegável que muitos de nós tivemos uma origem similar (com parentescos que vieram de outras nacionalidades e se sustentaram por comércios populares).
Por conta disso, conseguimos comprar facilmente a nossa protagonista (que realmente é bastante humana), e por consequência, o coadjuvante Wade (que também é bem conduzido, mas é totalmente o oposto daquela, em sua personalidade e forma).
A criação de um universo com vários elementos distintos, não chega a ser como as últimas obras da Disney/Pixar (que sempre abria brechas para possíveis spin-offs e outros arcos paralelos, em futuros curtas), mas funciona dentro daquela premissa (inclusive, se assemelha a produções como “Divertidamente” e “Detona Ralph“).
“Elementos” consegue ser uma grata animação da Disney/Pixar, onde mesmo em tempos que o selo vem entregando produções animada de qualidade mediana/ruim, é bom sabermos que ainda a chama do estúdio não apagou.