Crítica - Megatubarão 2 - Engenharia do Cinema

publicado em:5/08/23 9:54 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

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Com o primeiro filme tendo rendido cerca de US$ 530 milhões mundialmente, tendo custado apenas US$ 130 milhões para a Warner Bros, era óbvio que o próprio iria começar a desenvolver uma nova franquia com o ator Jason Statham.

Além de ter uma enorme pegada trash, e muitas cenas não fazerem o menor sentido (lembrando inclusive, o icônico “Sharknado“, no quesito “nonsense”), essa continuação exerce o seguinte princípio de “vamos fazer coisas ainda mais malucas, não vistas no antecessor”. Mesmo bebendo demais de fontes como o próprio “Tubarão” e “Jurassic World“, “Megatubarão 2” pode funcionar se você se desligar totalmente. 

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

Depois dos eventos do primeiro longa, Jonas (Statham) agora está trabalhando com Jiuming (Wu Jinh), irmão de sua finada companheira Suyin (Li Bingbing), em uma espécie de “Parque para Megatubarões”. Porém, quando a dupla sai com sua equipe em uma expedição marinha, as coisas começam a dar errado e eles terão de lidar com novos megatubarões, além de serem ainda piores.    

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

Antes de começar a entrar a fundo nesta análise, já deixarei claro mais uma vez, que estamos falando de uma produção do gênero trash, onde ela mesma sabe que é ruim, e busca entreter o público com seus absurdos. Embora se trate de uma produção cujo foco são os tubarões, o roteiro de Jon HoeberErich Hoeber e Dean Georgaris procura explorar outras ameaças que existem no ambiente aquático, neste primeiro plano, que vão da falta de ar até a claustrofobia.    

Mas como o diretor Ben Wheatley (do horrendo remake de “Rebecca“), não tem uma especialidade na direção deste tipo de projeto, óbvio que o próprio iria sofrer na retratação destes quesitos (e ele acaba “se safando”, por se tratar de uma produção trash). Tudo acaba sendo colocado em prol do carisma de Statham e Jinh (que rouba a cena como o “chinês imortal”), que conseguem salvar o enredo e entreter o público.

Em contraponto a eles, temos vilões genéricos, coadjuvantes que servem só para ajudar os dois personagens citados. Isso porque não entrei no mérito de situações clichês, que só servem para causar risos inusitados nos espectadores, que vão de personagens com desfechos previsíveis, que sempre sobrevivem em situações fatais e que só servem para “serem as crianças”da narrativa (Shuya Sophia Cai, que retorna no mesmo papel do original).   

Megatubarão 2” termina sendo uma continuação no mesmo nível de seu antecessor, porém só irá conseguir conquistar os fãs daquele e do cinema trash.



A última modificação foi feita em:outubro 26th, 2023 as 15:16


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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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