Crítica - The Beanie Bubble: O Fenômeno das Pelúcias - Engenharia do Cinema
Depois dos sucessos de “Air” e “Tetris“, “The Beanie Bubble: O Fenômeno das Pelúcias” se mostra como mais um título que mostra a trajetória de um empresário que construiu um império de sucesso. Mostrando a história de como o pacato Ty (Zach Galifianakis) resolveu executar com sua amiga próxima Robbie (Elizabeth Banks), em montar um império de ursinhos de pelúcia (em uma época onde não era tão popular este brinquedo, nos mercados).
Imagem: Apple TV+ (Divulgação)
Inspirado no livro de Zac Bissonnette, a história é narrada na perspectiva de três mulheres que assumiram enorme importância dentro do cenário empresarial dos “Ursinhos Ty”. A primeira é a própria Robbie, que começou tudo do zero com o próprio Ty; A segunda é a mãe solteira Sheila (Sarah Snook), que posteriormente virou a esposa daquele; A terceira é a estudante administrativa Maya (Geraldine Viswanathan), que passou de secretária para uma das principais assistentes e desenvolvedoras de ações do selo.
Imagem: Apple TV+ (Divulgação)
Em mérito do roteiro de Kristin Gore (que também assina a direção com Damian Kulash), ele procura não explorar um arco clichê desse tipo de filme, mas sim mostrar o quão Ty se sentia cada vez mais influenciado por essas três mulheres, em suas decisões empresariais. Sim, é estranho ver Galifianakis sem barba, e isso só mostra que o próprio está em seu papel mais sério e dramático na carreira (mostrando que ele pode ser muito melhor que apenas o Alan de “Se Beber, Não Case!“).
Por mais que pareça ser uma comédia pastelão (por conta do visual no material de marketing), estamos falando de um drama. Como exemplo, temos nomes ótimos que fazem bons contrapontos com o ator citado, como Sarah Snook e Elizabeth Banks (que já provaram ter uma ótima carga dramática, para esse tipo de produção). O mesmo não se pode dizer de Geraldine Viswanathan, que acabou sendo prejudicada pelo roteiro (que repentinamente para de explorar ela, da metade para o final, deixando muitas coisas vagarosas).
Embora tenhamos três posicionamentos da mesma história, é nítido que houve um cuidado por parte da dupla de diretores, para não ficar exaustivo e repetitivo em algumas situações (embora há o famoso arco “mais tarde, vamos te explicar”). Por mais que pareça uma história desinteressante, isso também fortalece a produção para chegarmos em seu desfecho.
“The Beanie Bubble: O Fenômeno das Pelúcias” consegue se consagrar como mais uma interessante produção que mostra a criação de outro produto bastante popular, ao redor do mundo.