Em 1976, o cinema nos lançou o grande clássico “Todos os Homens do Presidente” com Dustin Hoffman e Robert Redford, sendo dirigidos pelo diretor Alan J. Pakula. Desde então, poucas obras conseguiram chegar aos pés do citado, e alguns literalmente tentam copiar o escopo na cara dura. O que é o caso deste “O Candidato Independente“, que tenta aproveitar a essência do citado, para conseguir exercer uma boa produção. Só que temos um resultado que passa longe disso, em vários sentidos.    

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

Em meio a um cenário das eleições onde o povo dos EUA já perdeu totalmente as esperanças nos candidatos à Presidência, o atleta Nate Sterling (John Cena) resolve entrar na corrida como uma terceira via e se consolida como um dos favoritos. É quando a jornalista Elisha ‘Eli’ James (Jodie Turner-Smith) acaba descobrindo uma coisa, que literalmente pode colocar em cheque todo cenário do país.  

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

Atire a primeira pedra que o roteiro de Evan Parter tenta ao máximo criticar o cenário das eleições entre Hillary Clinton x Donald Trump, e a eleição de Arnold Schwarzenegger como governador da Califórnia (que foi exatamente como o personagem de John Cena). Embora ambos os assuntos sejam polêmicos demais, o principal problema deste texto é não apresentar relativamente nada de novo, e nos apresentar uma protagonista vazia e clichê neste tipo de filme.   

Sim, Jodie Turner-Smith é uma ótima atriz, mas infelizmente ela tem uma personagem que sempre está nesse tipo de produção, inclusive os problemas sempre são os mesmos, caso ela resolva lançar a matéria para grande mídia (que vão de doenças na família, solidão, ameaças e salário baixo). Mas não existe nada mais problemático do que ter em mãos nomes como Brian Cox e Stephen Lang como coadjuvantes de luxo, e deixar ambos em escanteio (embora eles estejam ótimos). Isso sem falar que Cena está totalmente apagado nessa produção (inclusive, nos momentos mais dramáticos).

“O Candidato Independente” é mais um pobre filme político, que mesmo com um fundão eleitoral, não seria capaz de conseguir entregar um resultado melhor.