Crítica - Uma Boa Pessoa - Engenharia do Cinema
Quase sempre, o cinema nos proporciona algumas produções para mostrarem o quão alguns nomes conseguem ser bons atores dramáticos. O que é o caso deste “Uma Boa Pessoa“, que foi dirigido por Zach Braff, para sua então namorada Florence Pugh (“Midsommar“) se mostrar uma boa atriz nesse gênero, junto ao veterano Morgan Freeman (que estava meio longe desse tipo de produção, há uns anos). Como estamos falando de um trio que já se mostrou bom, temos mais um filme dramático que funciona por conta de vários fatores.
Imagem: MGM (Divulgação)
Após se envolver em um acidente fatal, Allison (Pugh) entra em uma enorme depressão e não consegue mais seguir em frente na sua vida. Em uma de suas crises, ela tem o caminho esbarrado com seu ex-sogro Daniel (Freeman) e sua neta Ryan (Celeste O’Connor), que lhe fazem refletir sobre tudo.
Imagem: MGM (Divulgação)
Desde o primórdio do longa, Braff deixa estampado de como Allison foi afetada pelo acidente, ao focar primeiro no olhar dela de felicidade no prólogo, e no decorrer da história, os seus medos, vícios (inclusive, ela convenceu demais como uma viciada em calmantes) e incertezas. Será uma questão de tempo até Pugh conquistar seu Oscar (e esse filme só foi feito, para deixar isso claro).
O mesmo pode-se dizer de Morgan Freeman, que não só interpreta um personagem que também possui seus erros do passado, como também embora ele tenha atitudes de um verdadeiro antagonista. Porém, é plausível, dentro do contexto que o próprio está vivenciando.
“Uma Boa Pessoa” consegue ser uma grata surpresa, com direito ao retorno de Morgan Freeman nos papéis dramáticos, que tanto fizeram crescer no cinema.