Crítica - A Pior Pessoa do Mundo - Engenharia do Cinema
Existem alguns filmes que são indicados ao Oscar, e muitos entusiastas e especialistas do assunto, não sabem explicar como foram parar lá. O que é o caso deste longa norueguês, “A Pior Pessoa do Mundo“, que recebeu uma indicação na categoria de roteiro original (perdendo para “Belfast“, de Kenneth Branagh), mesmo com seu desenvolver se assemelhar a diversos longas de cineastas como Woody Allen, Nora Ephron e Richard Curtis.
Imagem: Diamond Films (Divulgação)
A história gira em torno de Julie (Renate Reinsve), uma mulher que está prestes a chegar aos 30 anos e enfrenta uma enorme crise da idade. Sem certeza sobre o que será do seu futuro, ela começa a se envolver com Eivind (Herbert Nordrum), após conhecê-lo em uma festa, ao mesmo tempo que possui um namoro casual com Aksel (Anders Danielsen Lie).
Imagem: Diamond Films (Divulgação)
Em um primeiro momento, a sensação que tenho é que este tipo de filme conseguiria ser contado em menos de 100 minutos (ao invés de 130 minutos), pois existem muitas mensagens simbólicas e subliminares, cujo intuito é só falarem que este filme será “cult” ou até mesmo “para quem realmente entende de cinema”. Só que estas mesmas, são encontradas nos mais diversos títulos já exercidos pelos cineastas citados no primeiro parágrafo.
Embora Renate Reinsve seja uma excelente atriz (tanto que ela já está envolvida em outros oito futuros lançamentos, inclusive Hollywoodianos), sua personagem dificilmente consegue cativar o espectador que não esteja passando por uma situação semelhante (ou até mesmo, seja na mesma faixa etária da protagonista).
“A Pior Pessoa do Mundo” não chega a ser um filme de Oscar, mas sim, uma boa adição para catálogo de streaming, e nada mais além.