Crítica - As Ladras - Engenharia do Cinema
Em situações raras, a Netflix consegue lançar produções originais relativamente boas em seu catálogo. Com direção de Mélanie Laurent (que também é uma das protagonistas), ‘As Ladras’ se enquadra nesta minoria e mesmo não sendo um filme perfeito ou fiel a HQ (assinada por Jérôme Mulot, Florent Ruppert e Bastien Vives), consegue divertir na medida certa, se estamos procurando uma obra sem muita profundidade.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Quando a experiente ladra Carole (Mélanie Laurent) resolve se aposentar, sua superiora lhe coloca para realizar um último roubo, junto de sua parceira Alex (Adèle Exarchopoulos). Para isso, a dupla resolve treinar para adentrar na equipe a novata Sam (Manon Bresch).
Imagem: Netflix (Divulgação)
Sim, estamos falando de uma produção francesa com um orçamento nitidamente pequeno, mas que sabe do talento de Laurent e Exarchopoulos (que ainda não tinha feito nada nesse estilo), e por conta disso, o enredo procura estabelecer a narrativa como um novo ‘As Panteras’ (inclusive se sai melhor que a última versão, de 2019).
Com situações divertidas e que conseguem captar a atenção do público facilmente por conta do humor inusitado, como na sequência de abertura com Alex discutindo a relação de um ex-namorado no telefone, ao invés de auxiliar Carole em uma fuga.
Agora, no quesito de cenas de ação Laurent nitidamente não estava acostumada com este tipo de produção (tanto que ela apenas estrelou filmes deste gênero como ‘Esquadrão 6’, mas não dirigiu), pois elas não estão bem conduzidas como deveriam (tanto que o arco do próprio roubo, em si, chega a soar como exagerado).
‘As Ladras‘ é uma divertida adição francesa no catálogo da Netflix, pelas quais consegue se destacar por conta de cumprir o que prometia, que era entreter sem compromisso.