Crítica - Crescendo Juntas - Engenharia do Cinema

publicado em:22/11/23 12:00 PM por: Gabriel Fernandes CríticasHBO GOStreamingTexto

De vez em quando, o cinema nos brinda com alguma produção que remete ao melhor que havia na temática “entendendo a mente de um adolescente” (pelo qual durante os anos 80/90, foi muito bem executada por John Hudges). Depois de uma tímida passagem pelos cinemas dos EUA e alguns outros territórios (custou US$ 30 milhões e rendeu apenas US$ 21 milhões mundialmente) “Crescendo Juntas” chegou direto pelo HBO Max, no Brasil e está passando despercebido. Uma pena, pois realmente é uma boa produção.

Imagem: Dana Hawley/Sony Pictures (Divulgação)

Baseado no livro de Judy Blume, a história é centrada em Margaret Simon (Abby Ryder Fortson) que está na famosa transição da vida de criança para adolescência, quando descobre que irá mudar de cidade. Ao chegar no local, por intermédio das novas amizades e ambientação, ela acaba descobrindo um universo que é a pré-adolescência.

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

A direção e roteiro de Kelly Fremon Craig consegue desde seus primeiros momentos, a retratar de forma direta como realmente se comportam adolescentes com seus sentimentos a flor da pele. Tudo isso, sem perder a atmosfera de um filme realizado nos anos 70 (que é justamente a época pela qual o enredo se passa).

O primeiro diálogo entre Margaret e Nancy (Elle Graham) sobre amores, beijos e puberdade, são totalmente feitos de forma natural e não sentimos algo genérico e forçado por parte da cineasta (que visivelmente autorizou improviso delas nas filmagens).

Em contraponto, temos excelentes participações (que estão em perfeita sintonia com Fortson) como a veterana Kathy Bates (que interpreta sua avó Sylvia, e está em um dos melhores papéis dela nos últimos anos) e Ranchel McAdams (que vive sua mãe Barbara, e possui um dos mais delicados arcos no enredo).

Porém, vale ressaltar, que estamos vendo uma história na perspectiva de Margaret, ou seja, não tem como exigirmos mais da questão de outros personagens serem explorados, além da própria.

Apesar de ter uma atmosfera clichê, “Crescendo Juntas” consegue divertir por conta do talento de sua cineasta e atrizes protagonistas.



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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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