Crítica - Leo - Engenharia do Cinema

publicado em:27/11/23 2:00 PM por: Gabriel Fernandes CríticasFilmesNetflixTexto

Desde 2015, o astro Adam Sandler tem firmado uma parceria milionária com a Netflix. Nestes oito anos com o estúdio, ele já entregou franquias (“Mistério no Mediterrâneo”), bombas (“Lá Vem os Pais”) e agora sua primeira animação, “Leo”. Depois de comprovar que ele também entende deste tipo de produção com a franquia “Hotel Transilvânia”, não hesitarei em alegar que este filme consegue ser melhor que as últimas animações da Disney, nos últimos anos (e olha que pode concorrer ao Oscar nesta categoria, inclusive).  

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história gira em torno da iguana Leo (dublada por Sandler), que mora em um aquário dentro de uma sala de aula há 74 anos. Compartilhando sua vida com a tartaruga Squirtle (voz de Bill Burr), ele acaba descobrindo que tem pouco tempo de vida. Então ele resolve mudar um pouco sua rotina, para honrar o que ainda lhe resta.  

Imagem: Netflix (Divulgação)

Independentemente, nos primeiros minutos já sentimos que se trata de um filme do próprio Adam Sandler (que também assina o roteiro com Robert Smigel e Paul Sado), pois há um estilo nas piadas que o próprio constantemente faz em seus longas. Inclusive, seu sotaque na dublagem de Leo, lembra seus papéis em títulos como “O Rei da Água”.

Ao contrário de seus últimos projetos para a plataforma, isso não se repete constantemente durante a narrativa (uma vez que também não pode haver certos teores adultos nas piadas, por se tratar de um conteúdo para o público infantil), embora ele continue chamando seus amigos (Rob Schneider, Jason Alexander e Nick Swardson) e sua própria família (sua esposa Jackie Sandler, com suas filhas Sadie e Sunny Sandler), para entrarem no elenco em papéis diversos.

Embora estamos falando de uma animação dirigida por três pessoas (Robert Marianetti, Robert Smigel e David Wachtenheim), não é sentida a famosa diferença de tonalidade entre os arcos (uma vez que normalmente diretores divergem bastante seus estilos na concepção destes projetos). Consequentemente, acabamos embarcando na narrativa, pois há um desenvolvimento e preocupação em abordar os coadjuvantes além do próprio Leo.

Mesmo sendo uma animação relativamente simples, “Leo” se mostra como uma produção mais divertida e melhor conduzida do que muitos “Mundos Estranhos” por aí (Disney que se cuide).



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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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