Crítica - Feriado Sangrento - Engenharia do Cinema

publicado em:10/12/23 6:00 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

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Muitos não se lembram, mas “Thanksgiving” (agora traduzido como “Feriado Sangrento“) vem sendo pensado pelo cineasta Eli Roth (“O Albergue”) desde 2007, quando ele foi realizado como um falso trailer no projeto Grindhouse (que continha os filmes “Planeta Terror” e “A Prova de Morte“, sendo exibidos em sequência, por um único ingresso). Depois de conseguir o sinal verde da própria Sony Pictures, ele não só conseguiu exercer um slasher que homenageia o gênero desde os títulos mais raízes como “Sexta-Feira 13” e “Pânico“, como também consegue criar sua própria imagem e abrir o leque para uma divertida possível franquia (já que o segundo foi oficialmente confirmado pela própria Sony).  

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Após um terrível acidente durante a Black Friday de uma loja de departamentos, resultar em mortes e pessoas feridas, o cenário envolto ao Dia de Ação de Graças nunca mais foi o mesmo para Jessica (Nell Verlaque) e seus amigos. Exatamente um ano depois do ocorrido, um misterioso serial-killer com a máscara do peregrino John Carver, começa uma série de assassinatos brutais com todos que estiveram envolvidos no fatídico dia.

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Apesar de Eli Roth ser conhecido por trabalhar com o máximo de sangue possível em seus filmes, e não ligar muito para o desenvolvimento de seus personagens, aqui desde os primeiros minutos já notamos que seu foco será apresentar o quão ele consegue ser um ótimo diretor de cinema do gênero slasher.

A sequência envolvendo o massacre na loja de departamentos, não é só criativa, como nos coloca em um cenário caótico que remete a cenários reais do nosso dia a dia (só pegarmos como um exemplo recente a própria CCXP, onde pessoas praticamente brigavam por conta de uma selfie com alguma celebridade).

Por conta deste caos, à medida que começamos a entender a motivação do serial, passamos a se questionar “será que ele está certo ou errado?” (algo que não vemos em franquias como “Halloween” e “O Massacre da Serra Elétrica”, por exemplo). Sim, realmente há uma pauta de vingança neste cenário e não algo do tipo “matar por matar”.

Conforme ele avança em sua chacina, somos apresentados não somente a simples cenas de facadas, mas torturas, dilacerações e outras coisas do gênero que farão quaisquer pessoas que sejam sensíveis, não conseguirem chegar ao desfecho do longa (justificando sua censura de 18 anos). É impossível não se contorcer e desviar os olhares na cadeira, em algumas cenas (e isso torna a experiência ainda mais divertida).

Embora o roteiro assinado por Eli Roth e Jeff Rendell não procure modelar nenhum dos protagonistas, a única artimanha que ele usa para conseguir ter uma certa “proximidade” do público com aquele cenário, é ter colocado o ator Patrick Dempsey (que já participou de “Pânico 3” e ainda o cogitam para o sétimo título desta franquia) como o Xerife Eric Newlon. Ele só funciona, pois realmente o personagem não exige muito de uma carga dramática. Mas já adianto, que o texto não prepara Nell Verlaque para virar uma nova Jamie Lee Curtis ou Neve Campbell (protagonistas de “Halloween” e “Pânico”).

Feriado Sangrento” encerra com chave de ouro, um dos melhores anos para o cinema de horror e mostra que este gênero ainda possui vários cenários para serem explorados.



A última modificação foi feita em:fevereiro 2nd, 2024 as 15:34


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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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