Crítica - A Batalha de Natal - Engenharia do Cinema
Após o estrondoso sucesso de “Um Príncipe em Nova York 2“, o astro Eddie Murphy assinou um contrato com a Amazon Prime Video para estrelar duas produções do estúdio. A primeira delas foi justamente o longa natalino “A Batalha de Natal“, que chegou de uma forma tímida no serviço. Embora a premissa seja interessante, temos mais um problema de direção que erra feio ao tentar executar uma trama com um potencial enorme.

Imagem: MGM (Divulgação)
A história gira em torno de Chris Carver (Eddie Murphy), que após ser despedido do seu trabalho resolve focar totalmente em uma competição natalina, cujo prêmio é de US$ 100 mil dólares. Porém, ao procurar uma loja que vende enfeites, ele se depara com um local misterioso. Por lá, ele acaba fazendo um “acordo” com uma duende (Jillian Bell), que lhe coloca em uma competição ainda mais perigosa.

Imagem: MGM (Divulgação)
Desde os primeiros minutos nós reparamos que é um projeto relativamente pequeno, onde se tivesse um investimento maior (no quesito de direção, principalmente), teria resultado em uma obra melhor. Apesar de Murphy estar no piloto automático, sentimos que esse era o típico filme para estar nas mãos de um cineasta que já está acostumado com esta temática natalina como Shawn Levy e Chris Columbus (principalmente pro andamento da narrativa depois do segundo ato), ao invés de Reginald Hudlin (que já trabalhou com Murphy em “O Príncipe das Mulheres”).
O roteiro de Kelly Younger (que já escreveu várias produções para a Disney como “Wi-Fi Ralph“), parece que se inspirou fortemente em filmes como “Uma Noite no Museu” e “Jogador Número 1“, e isso resulta em uma vida própria da produção. Você sente que há um potencial, mas a execução é totalmente vazia (o que faz o longa ser esquecido, minutos depois de seu desfecho).
Pior é que quando o longa se aproxima para o desfecho, sentimos que houve um acréscimo desnecessário na metragem deste filme, uma vez que estamos falando de uma duração de 121 minutos (enquanto este tipo de projeto consegue ser divertido com algo em torno de 90 minutos, apenas). Eles acabam enrolando demais, algo que poderia ter sido breve (e confesso, que fica até cansativo em certo ponto).
“A Batalha de Natal” termina como um grande potencial sendo jogado no lixo, e se torna mais um título de Eddie Murphy onde ele parece estar blindado do seu humor ácido, que lhe trouxe ao mercado nos anos 80.
