Lançado durante o Festival de Toronto 2023, “Finestkind: Entre Hermanos” tem como intuito mostrar o talento dramático de Jenna Ortega (“Wandinha”) e que ela possivelmente pode encabeçar produções ganhadoras de prêmios. O resultado não poderia ter sido outro: uma produção caótica, tediosa e enrolada em vários sentidos. Para tentar conquistar o público cinéfilo e mais velho, chamaram o veterano Tommy Lee Jones.

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

A história gira em torno de uma família de pescadores, onde após eles começarem a enfrentar dificuldades financeiras, começam a se envolver com o crime organizado de Boston.

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

A direção e roteiro de Brian Helgeland (que venceu o Oscar pelo texto de “Los Angeles: Cidade Proibida”) parece não ter um rumo certo, uma vez que nitidamente houve vários problemas de bastidores. Bebendo aos montes da fonte que lhe forneceu o careca de ouro, em momento algum nos importamos com os personagens que são apresentados. Principalmente se tratando de Ortega.

Em um papel que nitidamente foi concebido para mostrar que ela é uma boa atriz dramática e não apenas no gênero de terror, parece que realmente ela não estava interessada em estar envolvida, com tamanho desleixo e falta de química que havia com Toby Wallace (intérprete do seu namorado, Charlie). Conseguimos medir o quão ela não está bem, nos breves momentos que ela aparece contracenando com Tommy Lee Jones (que deve ter aceitado estar aqui, por conta do cachê).

Isso porque não ainda nem citei que mais uma vez temos Ben Foster (“A Qualquer Preço”), mais uma vez no papel do cara revoltado com a vida e envolvido na criminalidade. Mais uma vez, um roteiro que não sabe explorar o quão bom ator ele é (como aconteceu no western, “Os Indomáveis”).

“Finestkind: Entre Hermanos” termina sendo uma tentativa frustrada da Paramount tentar emplacar nas premiações, mas acabou deixando sua produção apenas “Entre Streamings”.