Crítica | O 'Imaginário' que não funciona nem com a força do marketing - Engenharia do Cinema
Já virou quase uma tradição, os longas de terror sempre nos entregarem enredos clichês, pobres e que só faltam chamar o espectador de trouxa. “Imaginário: Brinquedo Diabólico” é outro exemplo deste tipo de produção, mas o público ainda gosta de ir conferir em massa nos cinemas, pois custou US$ 13 milhões e já arrecadou US$ 17 milhões pelo mundo (e se pagou, praticamente).
Imagem: Paris Filmes (Divulgação)
A história acompanha Jessica (DeWanda Wise) que vai morar com o marido (Tom Payne) e suas enteadas Taylor (Taegen Burns) e Alice (Pyper Braun), na antiga casa onde viveu na infância. Só que quando esta última encontra um misterioso urso de pelúcia no sótão, coisas estranhas começam a acontecer.
Imagem: Paris Filmes (Divulgação)
O diretor Jeff Wadlow mostrou que sabe como estragar ideias boas em filmes horríveis como “Verdade ou Desafio” e “Ilha da Fantasia”, enquanto em “Imaginário” ele conseguiu arruinar tudo. Também responsável pelo roteiro com Jason Oremland e Greg Erb, parece que haviam várias ideias inspiradas em títulos dos anos 80, que foram porcamente jogadas, apenas com o intuito de “não importa o que entregamos, vai render nas bilheterias”, e eles estavam certos.
Não existem sustos, tensão, muito menos motivos para torcemos por algum dos personagens em cena, uma vez que eles assumem perfis clichês e desinteressantes que vão da adolescente rebelde, a criança ingênua, a mãe Diná e o marido bobão. Inclusive, para alguma coisa “interessante” acontecer, já passa mais da metade da metragem.
Pior que já adianto, aqueles que embarcarem neste sessão esperando algo como “Brinquedo Assassino” ou “Annabelle”, vão se chatear de várias maneiras, pois não há o humor negro de Chucky ou a presença da boneca de “Invocação do Mal”. A única sensação que temos, em torno disso, é de ter sido enganado na divulgação do próprio.
“Imaginário – Brinquedo Diabólico” é mais um exemplo de filme de terror que não funciona nem para tapar um buraco de grandes lançamentos nos cinemas.