Crítica | 'Instinto Materno' de Hathaway e Chastain sabe o quão elas podem prender a nossa atenção - Engenharia do Cinema
Anne Hathaway e Jessica Chastain são duas atrizes bastante respeitadas em Hollywood, isso é um fato. Donas de vários sucessos de bilheterias, Oscars e filmográfias com títulos marcantes (principalmente “Interestelar”, onde embora não tivessem atuando juntas, estiveram envolvidas na trama central), “Instinto Materno” se vende apenas pela presença de ambas.
Imagem: Imagem Filmes (Divulgação)
Inspirado no livro de Barbara Abel e sendo um remake direto de sua adaptação francesa de 2018, a história gira em torno das amigas e vizinhas Celine (Hathaway) e Alice (Chastain), onde após uma tragédia atingir uma delas, a relação entre ambas não apenas esfria, como também passa a ter uma atmosfera mais sombria.
Imagem: Imagem Filmes (Divulgação)
O diretor Benoît Delhomme (“No Portal da Eternidade”) já mostrou outras vezes que sabe como contar uma história dramática, independente do teor. Ciente que o próprio material era pesado e perturbador, ele deixa em muitos momentos apenas o diálogo entre Celine e Alice coordenar tudo, com uma certa ausência de trilha sonora e movimentos de câmera.
Com uma ótima química em cena, Hathaway e Chastain facilmente conseguem transpor seus sentimentos de medo, dúvida, psicopatia, incerteza e tensão. A todo momento não sabemos qual das duas está certa ou errada, inclusive, há uma breve semelhança com o clássico “Atração Fatal” (estrelado por Glenn Close, e que aqui há uma sutil referência).
Porém, Delhomme acaba pecando na finalização de alguns arcos, como por exemplo, ao começar uma discussão sem trilha sonora ou câmera trêmula, ele acaba caindo nessa contradição em um mesmo arco. Tecnicamente, tira a atenção, mas por conta da atuação de ambas atrizes, isso acaba passando despercebido.
“Instinto Materno” prende a nossa atenção por conta das brilhantes atuações de Hathaway e Chastain, pelas quais ainda nos entregarão mais produções juntas.