Crítica | Sydney Sweeney faz 'A Profecia' se encontrar com Rambo, em 'Imaculada' - Engenharia do Cinema
Em meados de 2014, a atriz Sydney Sweeney (“Euphoria”) estava escalada para estrelar o longa de horror “Imaculada”, mas ele acabou arquivado por conta da falta de verba para sua realização. Após ter virado uma estrela poderosa na indústria cinematográfica, Sweeney resolveu tirar o projeto do papel de vez e bancar o projeto.
Imagem: Diamond Films (Divulgação)
Sendo o terceiro filme dela a ser lançado em 2024, depois de “Todos Menos Você” e “Madame Teia”, temos uma produção que em um primeiro ato segue um padrão habitual, mas depois muda completamente e resulta em um projeto impactante.
Imagem: Diamond Films (Divulgação)
Prestes a assinar seus votos como Freira, em uma zona rural italiana, a irmã Cecilia (Sweeney) descobre estar grávida de forma misteriosa. Durante a gestação, forças misteriosas e assustadoras começam a ganhar força em sua rotina, o que lhe faz questionar o que realmente está acontecendo.
O roteiro de Andrew Lobel nitidamente bebe e muito da fonte de clássicos como “A Profecia” (inclusive, muitos pensaram que este se tratava de um projeto ligado ao recente prequel “A Primeira Profecia”) e “O Exorcista”, mas diferente destes projetos mencionados, temos uma trama que aborda o limite do fanatismo religioso.
Isso justifica exatamente o título da produção ser “Imaculada” (que segundo o dogma era o significado de Maria ser uma pessoa livre do pecado original, desde a sua concepção, onde ela proclamava o significado da pessoa humana, à imagem de Deus).
Embora não tenha como um foque total a religião, mas o terror envolto a este cenário, Sweeney mais uma vez consegue transparecer muito bem os sentimentos de sua personagem, enquanto seu contraponto é o espanhol Álvaro Morte (interprete do Padre Sal Tedeschi).
Para impactar o espectador neste cenário, o diretor Michael Mohan (que já havia trabalhado com Sweeney em “Os Observadores”) não poupa sangue e impacto ao apresentar os arcos de horror na trama (vide os últimos 30 minutos).
“Imaculada” termina como um terror impactante, que opta pelo arriscado e resulta em uma interessante crônica do gênero.