Crítica | 'Fúria Primitiva' de Dev Patel, o mostra como um forte nome de ação - Engenharia do Cinema
Dev Patel ficou mundialmente conhecido por conta da série “Skins” e ter estrelado “Quem Quer Ser Um Milionário”. Em 17 anos de carreira, ele já trabalhou com diretores como Danny Boyle, Wes Anderson, M. Night Shyamalan e Neill Blomkamp.
Após realizar dois curtas-metragens, “Fúria Primitiva” é seu primeiro filme como diretor, roteirista e protagonista. Durante as duas horas de projeção, fica perceptível que ele analisou bastante os erros e acertos dos diretores citados, ao apresentar uma narrativa impactante.
Imagem: Diamond Films (Divulgação)
Após se consagrar como lutador Monkey Man (Dev Patel), ele consegue se infiltrar como funcionário de uma perigosa quadrilha, pela qual ele busca vingança durante anos.
Estamos falando de mais um título sobre vingança, em meio a um cenário onde conhecemos aos poucos a motivação do protagonista. O roteiro de Patel, Paul Angunawela e John Collee, não opta por entregar tudo de bandeja ao espectador nos primeiros minutos. Sábia decisão por parte do trio.
A começar que existe um tratamento para cenas de ação, com lutas regadas a muita violência e uma câmera que sempre acompanha os movimentos de Monkey, transparecendo não apenas a visão dele, como nos coloca no meio do próprio conflito.
Regado a um universo da cultura indiana (sempre presente nas caracterizações de Patel), a ambientação do título não foge muito do gênero, com ruas escuras, sujas e vilões canastrões. Só que existe algo que aos poucos vem sendo extinto nestas narrativas: a preparação do protagonista, com seus erros e acertos, durante sua jornada.
“Fúria Primitiva” é um bom começo para Dev Patel como diretor, e uma pontinha de esperança para a inovação do gênero brucutu.